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Luana Amy, CEO da Las Clothing, marca de roupas que viralizou nas redes sociais, se transformou em um dos maiores cases de marketing de influência dos últimos tempos. Com apenas 3 anos, a loja teve um faturamento acumulado de 10 milhões em agosto de 2023. Em abril de 2023, utilizando uma estratégia inovadora de marketing de influência, ela obteve 533 mil vendas finalizadas.

Como você enxerga o lifestyle da mulher que veste Las Clothing?

Eu tenho uma proximidade com o meu público porque somos da mesma idade. A mulher que veste Las Clothing busca por peças clássicas, colecionáveis, confortáveis e com estética clean. A marca foca em itens atemporais, mantendo um desejo contínuo entre suas clientes, que são extremamente fiéis e consomem todas as coleções. É um lifestyle em que a mulher é vaidosa, mas, ao mesmo tempo, a moda não é tudo em sua vida. Ela tem família, trabalho e precisa estudar.

Como você se tornou uma “influenciadora” para essas meninas que acompanham não só a marca, mas você também?

Eu percebi que, espontaneamente, por ser da mesma idade das minhas clientes, eu exercia também uma certa influência. Pensei em uma forma de colocar a rotina da empresa, a minha rotina, e me aproximar mais delas. E foi assim que criamos o grupo fechado. Ali, comecei a compartilhar a minha vida, além da marca, mas sempre mantendo a conexão com o que acreditamos. Eu postava sobre skincare, minha unha da semana, os produtos de outras marcas que eu realmente consumia. Era natural, mas feito de forma estratégica, sempre pensando nessa conexão real com as meninas. O primeiro grupo, chamado de LAS Club, que atualmente conta com 16 mil meninas, obteve esse nome estrategicamente, já que era também o escolhido para o lançamento da nova coleção. Essa estratégia de marketing de influência viraliza conteúdos de forma orgânica e natural. E acaba despertando o interesse de outras marcas, que começaram a me procurar para parcerias e colabs. Não me considero uma “influenciadora digital”, mas reconheço minha influência dentro da comunidade Las Clothing. Um dia, espontaneamente, uma marca de cosméticos entrou em contato comigo e me ofereceu um cupom de desconto para as meninas que me acompanhavam no grupo. Despretensiosamente, aceitei. Até porque era realmente um produto que eu usava, considerava bom e indicava. Então, pensei que seria legal gerar mais esse benefício para quem estava ali me acompanhando. Em um dia, a empresa me ligou para fechar uma parceria maior. Os cupons haviam sido um sucesso. Ali, eu entendi que, muito além de uma empresária, eu conseguia conversar com o meu público diretamente e influenciar positivamente. E comecei a pensar como eu poderia trazer essa estratégia para a Las Clothing.

Como a Las Clothing busca criar uma experiência completa de marca para seus clientes?

Eu busco sempre uma conexão real com as minhas clientes. As clientes já ficam animadas antes do lançamento porque sabem até como foi a escolha do tecido, por exemplo. Elas se sentem parte da marca. Nós fazemos de tudo para entregar a melhor experiência para todos os consumidores. A Las Clothing também costumava repostar nossas clientes com os produtos e pedir sugestões sobre os próximos lançamentos. Com isso, criou-se uma comunidade de consumidoras da marca.

Onde encontra inspirações para se manter atual?

Para desenhar cada peça, eu tenho uma consultoria de moda. O que estará em alta nos 6 meses seguintes, encaixamos ao que o nosso público gosta e produzimos a partir disso.

Quais são os maiores desafios de ser uma empreendedora na indústria da moda?

Eu acredito que o maior desafio é se manter humilde. Eu sou jovem e ainda tenho muito o que aprender, estudar e me desafiar dentro do ramo da moda. Eu procuro sempre ter a humildade de aprender com quem já está no ramo há muito tempo e também com quem começou depois de mim e está inovando.

Quais serão os próximos passos da Las Clothing?

Para os próximos dois anos, eu planejo focar na reestruturação interna da empresa, garantindo uma base sólida para futuras expansões e colaborações. Além disso, já penso em preparar a marca para atender novas gerações, mantendo sempre o cuidado com o relacionamento e a personalização no atendimento. A marca estuda ainda futuros colabs com outras empresas.

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