A mais hypada entre as grandes maisons de moda que têm gestão profissionalizada e ainda estão sob controle dos descendentes de seus fundadores, a italiana Prada acaba de lançar sua primeira coleção própria e autoral de joia fina.
Fundada em 1913 por Mario Prada e atualmente comandada por Miuccia Prada, neta mais nova dele, que morreu em 1958, a gigante da moda batizou “Eternal Gold” a empreitada, que conta com 48 peças orgulhosamente apresentadas como tendo ouro maciço “100% reciclado” em sua composição. É que o material nobre costuma ser tão reaproveitado quanto explorado, fato que algumas grifes preferem “deixar quieto” para não afetar seus ares de exclusivos.
No caso da linha de bling recém-lançada pela Prada, todos os itens têm a cara e o gosto de Miuccia evidenciados em seus tamanhos e cortes, sempre únicos, por vezes “oversized” e, de maneira geral, diferentes de tudo que já foi produzido pela empresa sediada em Milão.
Além de estar mais do que na hora de investir no concorrido segmento de joalheira de alto padrão, mais de um século depois de abrir as portas, a Prada faz isso em um momento apropriado: o mercado mundial de joias movimentou US$ 249 bilhões (R$ 1,3 trilhão) em 2021, com crescimento de quase 10% em volume de vendas no comparativo com o ano anterior — e promete crescer no mesmo ritmo em 2022.
E a companhia fashion de Miuccia, por sinal, terminou o ano passado com vendas de € 3,4 bilhões (R$ 17 bilhões), lucro líquido de € 295,1 milhões (R$ 1,5 bilhão) e caixa mais equivalentes de caixa de € 3,1 bilhões (R$ 15,6 bilhões), ou seja, a hora de inovar sem arriscar suas finanças mais do que saudáveis é mesmo agora, algo que sua dona sabe muito bem.
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