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afrofuturista
Foto: Divulgação

Arquitetura como forma de reparação histórica é tudo que a gente precisa ler hoje.

Pois bem: em uma busca constante por inovação e criatividade no mundo da arquitetura, o americano Curry Hackett vem conquistando destaque ao empregar a inteligência artificial para criar cenários de mundos afrofuturistas. Ele busca, assim, enraizar sua visão de futuro no qual a cultura negra prospera e se expressa sem limitações.

Essa abordagem única não apenas ajuda a redefinir o campo da arquitetura, mas também questiona a narrativa histórica negra e desafia as fronteiras da realidade e da ficção.

Hackett, atualmente concluindo seu mestrado na Harvard Graduate School of Design, usa ferramentas de IA como o Midjourney para reimaginar a arquitetura vernacular (desprovida de estrangeirismos) em paisagens afrofuturistas – com efeito caleidoscópico. O arquiteto cria imagens que, embora sejam reconhecíveis em nossa realidade, são recontextualizadas através de uma lente que enfatiza a história e o design das culturas negras.

Seu processo envolve a geração de prompts para o Midjourney, uma ferramenta já bem apreciada por arquitetos. O resultado são quiosques de Popeyes na Carolina do Norte, casas na Flórida e bancos de parque feitos de colchas e cestaria. O trabalho tem encontrado público crescente no instagram, onde apresenta suas ideias, desafiando as convenções da arquitetura tradicional ao questionar sobre como a cultura negra é representada na sociedade.

Em uma entrevista ao “Bloomberg”, o arquiteto destacou como sua abordagem difere das representações tradicionais afrofuturistas, que muitas vezes tendem a ser excessivamente pautadas em um futuro distante e utópico. “Procuro imaginar um mundo que coloca a centralidade na negritude”, afirma Hackett.

Sua proposta é que a cultura negra possa prosperar e se expressar sem limitações, desafiando a narrativa histórica que muitas vezes deixou os negros de fora do processo de autoria de suas próprias conquistas. “Será que precisamos ir para um futuro onde tudo está em jogo para fazer especulações sobre o que as pessoas estarão vestindo, que tipo de tecnologias estarão disponíveis, como serão as estruturas de governança? Será que sempre precisamos ir para Wakanda?”, indaga. Confira o interessante trabalho dele:

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