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moda pós pandemia
Foto: Reprodução/Unsplash

O jeans moderno se popularizou a partir de meados da década de 1950, período histórico bastante lembrado pela subcultura greaser, o movimento dos chamados “rebeldes sem causa” que juntos gritavam uma insatisfação coletiva com o status quo nutrida pelos adolescentes e jovens adultos da época, em ambos os casos predominantemente formadas por aqueles pertencentes à classe trabalhadora, da qual acabou virando um símbolo. Ter sido eternizada na telona no clássico “Juventude Transviada”, longa de 1955 estrelado por James Dean que aparece praticamente durante todo o seu tempo em cena a bordo da peça originalmente pensada para servir de uniforme para operários, foi um plus que fez seu apelo transcender os limites da funcionalidade para se tornar sinônimo de liberdade e casualidade.

Mais adiante na história, nas décadas de 1960 e 1970, foi a vez do estilo boho tão característico dos boêmios hippies de se tornar mainstream como um jeito de evocar uma conexão com a natureza e o espiritualismo. Foi aí que o uso de tecidos fluidos, estampas étnicas, franjas e elementos naturais passou a refletir sua busca por um estilo de vida mais autêntico e em sintonia com o meio ambiente.

Existem vários outros períodos do passado marcados por inúmeras tantas outras mudanças resultantes desse fenômeno que é o inconsciente coletivo, todos provas de que qualquer situação mais impactante vivenciada junto com o resto do mundo eventualmente acaba reverberando na forma como cobrimos o corpo. A mais recente, claro, foi a pandemia de Covid-19, um acontecimento que “parou” o planeta inteiro de maneira até então nunca vista desde a Segunda Guerra Mundial, e que entre várias outras consequências, teve como uma das principais a redefinição de certos dress codes, sobretudo o que foi adotado pelas mulheres modernas para o ambiente de trabalho desde quando o novo coronavírus deixou de ser uma ameaça global.

No caso particular delas, seu retorno ao expediente normal depois de quase um ano cumprindo quarentena em casa foi e continua sendo marcado pelo uso de certas roupas e acessórios que se tornaram tendências claramente identificáveis como pós-pandêmicas e que também têm um ar de “revisadas”. E essas mulheres modernas as usam para enviar mensagens subliminares dando conta de que a maior crise de saúde da nossa era realmente abalou todas as estruturas (embora muitas tenham sido reestruturadas e ficado até mais fortes).

GLMRM lista a seguir 5 tendências de moda corporativa que elas adotaram depois de toda essa reviravolta, tão logo voltaram ao batente depois de meses enclausuradas em casa fazendo home office de pijama, assim redescobrindo o prazer de se vestir bem para o trabalho:

Elegância descontraída: houve um desvio em direção a um estilo mais descontraído, porém sofisticado. Essas profissionais optaram por combinar peças de roupas formais com elementos casuais, como usar blazers com jeans ou calças de alfaiataria com tênis. Essa abordagem de elegância descontraída permite que elas expressem um estilo individual, ao mesmo tempo em que mantêm uma aparência profissional.

Cores vibrantes e estampas marcantes: durante a pandemia, muitas dessas mulheres sentiram falta da alegria e energia transmitida por looks coloridos e estampas. Como forma de se destacar e transmitir otimismo, elas passaram a adotar cores vibrantes, como o icônico “laranja Hermès” (sobre a qual falamos aqui recentemente), o “vermelho Valentino” ou o “rosa choque a lá Vivienne Westwood”, além de estampas marcantes, como animal print ou xadrez. Essas escolhas de tons e desenhos mais ousados lhes servem como um “statement” visual e refletem confiança e auto expressão.

Acessórios marcantes: os acessórios desempenharam um papel importante para sinalizar preferências individuais e personalidade distintas. E com isso as mulheres de negócios modernas investiram sobretudo naqueles bem marcantes, como brincos poderosos, colares ousados, bolsas com design diferenciado e sapatos com detalhes únicos. Todos esses se tornaram um tipo peculiar para expressar vivacidade, de quebra permitindo que elas façam um manifesto fashion enquanto cumprem expediente e precisam seguir um dress code mais formal.

Peças versáteis e funcionais: a busca por peças versáteis e funcionais ganhou destaque durante a pandemia. Mulheres de negócios modernas valorizaram roupas que pudessem transitar facilmente entre o trabalho presencial e remoto, bem como entre diferentes ocasiões. Itens como vestidos midi, macacões hypados e conjuntos coordenados versáteis se tornaram escolhas populares, oferecendo praticidade sem comprometer o estilo.

Sustentabilidade e moda consciente: a pandemia despertou uma maior conscientização sobre a importância da sustentabilidade na cadeia de produção da moda. As mulheres passaram a priorizar marcas que adotam práticas ecologicamente corretas, sempre priorizando roupas feitas com materiais eco-friendly e fabricadas de um jeito ético. Esse redirecionamento rumo a um produto final de vestuário com uma pegada consciente e duradoura se tornou uma verdadeira regra, refletindo seu compromisso com valores ambientais e sociais.

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