Chernobyl, cidade fantasma da Ucrânia onde ocorreu o maior acidente nuclear da história há 33 anos, acaba de ser oficializada como atração turística pelo presidente do país, Volodymyr Zelensky. A decisão não agradou a todos, considerando que 31 pessoas perderam a vida em decorrência da tragédia e outras milhões foram expostas a altos índices de radiação que causaram vários problemas de saúde. Tornar o local que originou tudo isso em um atrativo para turistas, portanto, está sendo visto como desrespeito, sobretudo com os mortos.
Mas Zelensky, ex-comediante que foi alçado à presidência em abril, pensa diferente dessa turma. “Precisamos dar uma nova vida a esse lugar”, ele disse momentos antes de assinar o decreto que transformou Chernobyl em ponto de visitação. “Até agora, essa parte da Ucrânia era conhecida pelo lado negativo. Mas chegou a hora de mudar essa visão”, completou o político.
A história trágica de Chernobyl voltou a render manchetes recentemente por causa da estreia da minissérie “Chernobyl”, exibida em maio no hemisfério norte pelos canais “HBO”, dos Estados Unidos, e “Sky UK”, do Reino Unido. Aclamada pela crítica e logo transformada em hit pelo público, a produção resultou em um aumento sem precedentes no número de pessoas que pedem autorização para entrar na cidade ucraniana abandonada há décadas, mas muitas delas cometeram exageros. “É legal esse interesse [em Chernobyl], mas não esqueçam de que muitas pessoas morreram lá. Respeitem a memória delas”, Craig Mazin, cri0ador da atração, sugeriu no mês passado. (Por Anderson Antunes)
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