A semana de Mark Zuckerberg não foi das melhores. Além da bomba da última quinta-feira, sobre o Facebook estar sendo investigado nos Estados Unidos pelo Internal Revenue Service (IRS), o órgão do país equivalente à Receita Federal, o jovem bilionário ainda tem que lidar com as revelações nada agradáveis feitas em um livro escrito por um ex funcionário do site de relacionamentos sobre sua experiência na empresa.
O autor da obra é Antonio García Martínez, demitido do Facebook em 2013 e hoje funcionário do Twitter. Em seu recém-lançado “Chaos Monkeys: Obscene Fortune and Random Failure in Silicon Valley” (“Macacos do Caos: Sorte Obscena e Fracassos Aleatórios no Vale do Silício,” em uma tradução livre), Martínez, entre outras coisas, revela como Zuckerberg reagiu ao lançamento do Google Plus, em 2011. Segundo ele, os funcionários do Facebook foram proibidos pelo cofundador do site de deixar o prédio da empresa até apresentarem um plano para enfrentar o novo rival.
Foram dias trancados no local, trabalhando o tempo inteiro e recebendo visitas da família somente nos fins de semana. O mais impressionante, segundo Martínez, é que todos faziam isso sem questionar qualquer coisa. “Trabalhar no Facebook é como estar em um culto onde Zuckerberg é o líder. Ele é seguido por ‘crentes fieis’ que têm como único motivo de vida trazer todas as pessoas do mundo para a rede social”, ele escreveu, antes de comparar o bilionário a L. Ron Hubbard, fundador da Cientologia.
Martínez relata ainda casos de assédio moral, jornadas de trabalho de 20 horas por dia e muito machismo nos bastidores do Facebook, cuja maioria dos funcionários é formada por homens. Ui! (Anderson Antunes)