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Iza  ||  Crédito: Rodolfo Magalhães

Iza mostrou a que veio. Após ser nomeada uma das líderes dessa geração pela revista TIME, a cantora acaba de lançar o single “Gueto”, um hit poderoso que fala sobre o orgulho de suas origens. Nesta sexta-feira, a música chiclete foi divulgada com um clipe super bem produzido, exibindo diversas facetas da artista. Ao Glamurama, Iza falou sobre essa nova fase da carreira, atual momento político, empoderamento e pandemia. Ao papo!

INTENÇÃO
“Queria muito que as pessoas soubessem que ‘Gueto’ é uma celebração na minha vida, mesmo neste momento de pandemia. É uma forma de celebrar de onde vim, minhas conquistas. Não é sobre ostentação, é sobre celebração, sobre ser a mina preta da zona norte do Rio, de Olaria […] Eu queria desenhar esse gueto que estava na minha cabeça, algo colorido, bem cuidado. No meu gueto, a gente não tinha medo de andar na rua, fechávamos a rua no domingo sem avisar a prefeitura (risos). Ao mesmo tempo, queria tornar algo lúdico, editorial. Queria que todas as pessoas enxergassem suas origens também.”

ORIGENS 
“A ideia é abrir os olhos das pessoas que vem deste lugar também, trazer o sentimento de pertencimento, ter orgulho. As pessoas precisam saber que, sim, brota ouro de onde eu vim. Os maiores sucessos deste país vêm do gueto… a gente faz parte de tudo e deveríamos ocupar mais.”

BANDEIRA DO BRASIL 
“Minha lembrança do gueto é a Copa do Mundo, quando as pessoas fazem aquelas bandeiras na rua […] Nossa bandeira é linda, e é nossa, orgulho de onde viemos. O Brasil é feito de brasileiros, nosso país é foda, está ferrado, mas é foda. E construído por nós. Temos que ter orgulho. Amo a nossa bandeira, amo ser brasileira.”

NA TIME
“Para uma pessoa da comunicação, qualquer prêmio desse explode a cabeça. Me mostrou que estou no caminho certo. Me sinto abençoada, é importante a gente se sentir reconhecida, ainda mais nesse momento complicado de fazer arte […] Queria que as pessoas entendessem que não é legal ser exceção. Quero abrir a porta para pessoas incríveis que são vetores de mudança no país.”

REPRESENTATIVIDADE
“Me sinto vitoriosa, mas sei que existe muita coisa para ser resolvida, isso é um pequeno começo. Uma vez que você é exceção, tem a obrigação de trazer gente com você. Não podemos esperar a sociedade abrir as portas, temos que ser um vetor de mudança […] Eu achava que não dava pra ser cantora por não me ver nos lugares e isso precisa mudar […] A Beyoncé, amém! (risos), me encorajou a falar de onde eu vim, isso é mágico […] Quando fiz o clipe de “Pesadão” me questionaram sobre a presença de negros no vídeo… vou colocar negros no clipe até isso parar de ser anormal.”

PANDEMIA
“Sempre fui minha maior inimiga, na pandemia tentei me curar. Até eu não ter me entendido comigo mesma, não conseguia compor. Fiquei muito tempo nessas, enfrentei muita coisa que estava debaixo do tapete […] Estou amadurecendo… demorou para eu entender que tudo bem procrastinar e ter paciência comigo foi importante para o meu trabalho criativo.”

PRÓXIMO ÁLBUM
“Podem esperar reggae, trap e R&B, assim como em “Dona de Mim”, vou passear por diversos estilos musicais. Meu público já entendeu que adoro fazer isso […] Não acho que meu álbum está mais politizado. Sou a bandeira, estou falando muita coisa só por estar aí, ocupando o lugar.”

Play para conferir o clipe de “Gueto”! (por Baárbara Martinez)

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