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por Julia Xavier*

Dia 19 de novembro é o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, segundo a ONU. Muito provavelmente isso apareceu no seu feed do Instagram na semana passada, se não, recomendo fortemente que procure expandir um pouco os conteúdos que acompanha.

Venho, na perspectiva de uma jovem mulher que sonha em empreender, falar sobre a importância não só dessa data, mas principalmente do empreendedorismo feminino como um todo.

De acordo com o relatório global da Mercer “When Women Thrive 2020”, 40% da força de trabalho no mundo é do sexo feminino, um aumento de 2% em comparação à pesquisa anterior realizada em 2016. Entretanto, as mulheres correspondem a 47% das posições de suporte, enquanto apenas 29% ocupam vagas sênior e 23% executivas.

De acordo com o Relatório do Sebrae de 2019, as mulheres correspondem a 34% dos donos de negócio na média nacional do Brasil, e a proporção de negócios por necessidade é maior entre as mulheres, 44%, enquanto a dos homens é 32%.

É importante considerar que, para o Sebrae, empreendedores são indivíduos que têm um negócio (formal ou informal) ou realizaram alguma ação nos últimos 12 meses visando ter o próprio negócio, enquanto donos de negócios são aqueles que estão à frente de um negócio (formal ou informal), como Empregador ou Conta Própria.

Ainda de acordo com esse relatório, as mulheres Donas de Negócio são mais jovens do que os homens nessa posição e as têm maior escolaridade. Sendo assim, torna-se vital a importância de incentivar o estudo para jovens meninas, mostrando o quanto a educação pode levá-las a lugares inimagináveis.

É extremamente motivador quando vemos mulheres em cargos de liderança, principalmente nas grandes empresas. Muito se fala de quanto o mercado de trabalho pode apresentar desigualdade de gênero e o quanto ele pode não ser acolhedor em muitos casos, mas quando vemos que outras chegaram lá, acreditamos mais no nosso potencial.

Além disso, é crucial que mulheres com grande poder de influência incentivem outras mulheres, deem voz e garantam que cada vez mais mulheres tenham a oportunidade de fazer grandes atos. Kamala Harris, eleita recentemente vice-presidente dos Estados Unidos, costuma dizer uma frase muito impactante relacionada a isso: “Você pode ser a primeira a fazer algo, mas garanta que não será a última.”

Infelizmente ainda estamos longe de uma igualdade de gênero ideal. A sociedade apresenta um machismo estrutural que nos desafia todos os dias. Por isso é necessário que os homens também reconheçam seus privilégios e colaborem para que as mulheres tenham tanto direito e valorização quanto eles.

Tive um exemplo, dentro de casa através da minha, mãe do quanto o empreendedorismo feminino é uma luta diária, mas que vale a pena para levar outras conosco. Espero que assim como minha mãe me mostrou que é possível, eu possa mostrar para as próximas gerações também. (*Julia Xavier cursa Publicidade e Propaganda, e passou a se interessar pelo universo das startups, da inovação e do empreendedorismo após viagem ao Vale do Silício).

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