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Thomas Hobbes // Reprodução

A cultura pop está cada vez mais infiltrada na nossa mente, no nosso inconsciente. Quando pensamos em uma pessoa com super poderes sempre aparece como um flash na nossa imaginação o Superman ou talvez o Homem Aranha. E uma família? Na nossa mente se desenha alguns sujeitos amarelos como Os Simpsons. Fato é que esses desenhos e histórias em quadrinhos já fazem parte de nosso imaginário e têm lições muito valiosas que nos fazem refletir (com direto a inúmeras menções filosóficas!). E é justamente o que investigaremos hoje e nas próximas semanas! Lições filosóficas na cultura pop!

Comecemos então com um desenho/anime muito popular, tanto no brasil quanto no mundo: Naruto! A história do excluído órfão que sonhava em ser Hokage (líder) de sua aldeia nos proporciona diversas reflexões sobre liberdade, superação, ambição, política e ética, e o paralelo que vamos traçar é com um filósofo que contrariou as estatísticas de sua época vivendo 91 anos, com uma obra icônica e obrigatória, Thomas Hobbes! Um dos três contratualistas.

Hobbes busca justificar o estado absoluto de forma racional, ignorando sentimentos, desculpas divinas e mitológicas (dinastias divinas, heróis mitológicos), e para isso ele legitima a Monarquia Absolutista como necessária, afim de evitar uma guerra civil e atrocidades sociais, afinal o homem é o lobo do homem.

Para o filósofo, a origem de todos os males da humanidade são as paixões e sendo a vida a paixão primordial do ser humano, ele é capaz de qualquer coisa para se manter vivo. Segundo ele não temos limites éticos ou racionais quando há uma situação que coloca nosso bem maior em risco, a vida. Fora de uma vida civilizada em sociedade (com o contrato social), o ser humano estaria no que Hobbes chama de “Estado de Natureza”, bestas genuinamente más que viveriam uma constante guerra entre si, causando atrocidades contra a própria espécie… por isso a colocação “O homem é o lobo do homem”.

Por essas e outras, Hobbes acredita que apenas o estado absoluto seria capaz de evitar a carnificina natural do ser humano movido por um desejo louco de autopreservação.

E assim é a história de Naruto! Vemos claramente o exemplo do ‘estado de natureza’ nos eventos pré-fundação da aldeia da Folha, onde o clã Senju e o clã Uchiha guerreavam há anos, em uma constante guerra civil entre eles. Parafraseando Hobbes, “o Senju é o lobo do Uchiha”. Esses eventos duraram muitos anos, até que dois jovens um de cada clã, Hashirama Senju e Madara Uchiha perceberam que a guerra não levaria nada, além de ódio e destruição para ambas as partes, e se dão conta que para acabar de uma vez por todas com o problema deveria ser criado um estado soberano que mediasse e estivesse acima de todos.

Dito e feito. Ambos acabam se tornando ícones e líderes de seus clãs por serem ninjas muito habilidosos, com sua cooperação e unificação dos clãs criam o estado soberano, A Aldeia Oculta da Folha. Podemos assim concluir que, para Hobbes, ambos os clãs abriram mão de seu poder e liberdade para atingir a paz pela via de um estado soberano. Play o vídeo abaixo para seguir com essa história!

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