Na mesma semana em que o Louvre foi oficializado como o museu mais popular do mundo graças aos 10,2 milhões de visitantes que recebeu em 2018, funcionários do lugar decidiram entrar em greve. Em um comunicado que divulgaram para explicar seus motivos, eles alegaram que o número de pessoas que baixam por lá para ver de perto a Mona Lisa e outro tesouros está crescendo a uma média anual de 20% desde 2009, porém esse aumento não se reflete na folha de contratados da instituição histórica e tampouco teve impacto nos vencimentos deles. “O Louvre está sendo sufocado”, reclamaram.
Coisa rara em se tratando do Louvre, suas portas chegaram a ser fechadas na última segunda-feira e abriram com atraso na quarta-feira seguinte, por causa das negociações cada vez mais tensas entre patrões e empregados para encerrar a paralisação. O assunto segue indefinido e tem tudo para continuar assim até que os grevistas consigam o que querem, que é aumentar sua fatia nos estimados € 350 milhões (R$ 1,54 bilhão) em receitas que pingam nas contas do museu a cada 12 meses, entre vendas de ingressos e verbas governamentais.
A propósito, parte do crescimento da bilheteria do Louvre entre janeiro e dezembro de 2018 se deve ao casal pra lá de estrelado Beyoncé Knowles e Jay Z, lembrando que os dois escolheram gravar o videoclipe de seu hit “Apesh*t” justamente na sala em que fica a obra mais famosa de Leonardo Da Vinci, um privilégio que certamente não lhes custou barato e de quebra ainda serviu para atrair mais interessados em visitar o icônico museu, deixando a galera que dá expediente por lá ainda mais ocupada. (Por Anderson Antunes)