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Novo álbum de Emanuelle  Araújo foi gravado em novembro de 2018, em um estúdio do Brooklyn, nos Estados Unidos / Crédito: Reprodução

Emanuelle Araújo começou a carreira de atriz cedo: aos 10 anos, fazendo teatro com a Companhia Interarte. Nesse tempo, a baiana estreou na televisão apresentando o programa infantil Via Láctea, na TV Aratu, e fez peças como ‘A Bruxinha que Era Boa’, ‘Alice no País das Maravilhas’ e ‘Pare para Decidir – O Musical’. E, depois de ser mãe de Bruna, aos 17 anos, a carreira como atriz de Emanuelle decolou.

Mas a música sempre fez parte da sua vida. Em 1999, ela substituiu Ivete Sangalo na Banda Eva por pouco mais de dois anos. Desde então, ela é atriz e cantora na mesma proporção. Há anos em carreira solo, Emanuelle aparece agora com um novo álbum, intitulado ‘Quero Viver Sem Grilo’, em que canta joias raras do muso Jards Macalé. “Há anos eu pensava em lançar esse álbum. Sou muito fã do Jards desde a adolescência. E então, ano passado, entrei em crise existencial com as questões sociais e políticas no Brasil, e achei que fosse o momento ideal”, conta.

O disco foi gravado em novembro de 2018, em um estúdio no Brooklyn, Nova York, e entre as faixas estão canções como ‘Farinha do Desprezo’, ‘Hotel das Estrelas’ e ‘Movimento dos Barcos’.

Aos 43 anos, Emanuelle precisou dividir seu tempo entre o CD e as gravações de ‘Órfãos da Terra’, o que atrasou o lançamento do álbum, mas o single e o clipe de ‘Hotel das Estrelas’ tiveram um motivo especial para serem divulgados antes de 2019 acabar. “Esse foi um ano difícil não só para o Brasil. Quem me acompanha sabe que minha vida pessoal também passou por várias questões, e eu ainda perdi meu pai. Queria fechar 2019 de um jeito diferente e melhor, com chave de ouro para me dar ânimo”, revela Emanuelle.

A seguir, Emanuelle Araújo abre o jogo sobre carreira musical, planos como atriz, Carnaval e a atual situação do Brasil.

Glamurama: Em breve, você vai lançar o álbum ‘Quero Viver Sem Grilo’. Como foi o processo de gravação?
Emanuelle Araújo
: Há anos eu pensava em lançar esse álbum. Sempre fui muito fã do Jards (Macalé) desde a adolescência. E então, ano passado entrei em crise existencial com as questões sociais e políticas do Brasil, e achei que fosse o momento ideal. Esse trabalho brotou da melhor maneira, e como eu estava em uma fase de morar entre o Brasil e os Estados Unidos, decidi juntar isso, até mesmo para deixar o som diferente de tudo. Não queria fazer algo óbvio. Então gravei em Nova York, com o guitarrista Guilherme Monteiro e os músicos norte-americanos Ben Zwerin, no baixo, e Bill Dobrow, na bateria.

G: A novela atrapalhou em algum momento?
EA: Quando voltei para o Brasil e comecei a rodar ‘Orfãos da Terra’, o álbum já estava praticamente pronto. Faltava só percussão e alguns detalhes. Nessa fase de TV, o disco ficou parado, e concluímos oficialmente só agora.

G: Você acaba de lançar o clipe de ‘Hotel das Estrelas’. Como foi?
EA
: Essa música ficou imortalizada na voz da Gal Costa, e é uma canção lindíssima, cheia de emoção. ‘Hotel das Estrelas’ representa bem a essência desse álbum e o disco como todo. Por isso, quis transformar em um clipe, e acredito que conseguimos passar para o visual toda a alma que está na música gravada. Esse foi um ano difícil não só para o Brasil. Quem me acompanha sabe que a minha vida pessoal também passou por várias questões, e eu ainda perdi o meu pai. Queria fechar 2019 de um jeito diferente e melhor, com chave de ouro para me dar ânimo.

G: Janeiro já vai começar com o lançamento do álbum. Está ansiosa?
EA
: Estou muito ansiosa, mas a resposta do público está bacana. Tem apenas quatro dias que lancei o áudio de ‘Hotel das Estrelas’ e as pessoas amaram, compartilharam e comentaram sobre. Estou muito feliz com isso.

https://www.instagram.com/p/B5bOxlRFdni/

G: Você falou sobre a situação do Brasil. Acredita que está mais difícil fazer arte no país atualmente?
EA
: Estamos vivendo um momento caótico na cultura e as pessoas precisam entender que a cultura faz parte da identidade do país. Estamos passando por uma crise de identidade e isso me preocupa bastante, mas não gosto só de reclamar. Nesse momento, preciso me posicionar. A minha resposta para tudo o que está acontecendo é fazer ainda mais arte. Criar mais.

G: E sua carreira de atriz, tem algum projeto em vista?
EA
: Eu tenho vários. Já rodei alguns filmes que serão lançados no próximo ano, além do longa ‘Longe do Paraíso’  e outros que farei ainda no primeiro semestre. Além disso, vou fazer o musical ‘Chicago’ e já estou me preparando para isso. As pessoas acham que, por eu cantar, um musical é tarefa fácil, mas não é bem assim.

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G: E o Ano Novo, já sabe para onde vai? Tem algum ritual para trazer boa sorte?
EA: Ano novo eu vou para uma praia do Nordeste me desligar de tudo. Quero deixar o celular de lado e ficar incomunicável, apenas me reenergizando para 2020, que já começa cheio de trabalho. Além dos trabalhos de atriz, também farei uma turnê do disco.

G: O Carnaval está chegando e costuma ser uma data importante para você. Já sabe como vai ser?
EA
: Ainda não sei. Recebi algumas propostas, mas não fechei nada. Mas com certeza ficarei entre o Carnaval do Rio de Janeiro e o da Bahia, que é o meu lugar.

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Play para conferir o novo clipe de Emanuelle:

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