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John F. Kennedy Jr. || Créditos: Reprodução
John F. Kennedy Jr. || Créditos: Reprodução

Mais próximo daquilo que os Estados Unidos até hoje tiveram de um príncipe para chamar de seu, John F. Kennedy Jr. era alguém que declaradamente possuía duas personalidades. “Ele dizia que era duas pessoas”, afirma Steven M. Gillon, que está lançando uma nova biografia sobre o filho de Jacqueline Kennedy Onassis e do ex-presidente dos Estados Unidos John F. Kennedy, e que chega às livrarias do país na próxima terça-feira. “Para o grande público havia o John, filho do presidente, mas na intimidade só existia o John, muito menos formal, porém tão complexo quanto o outro”, escreveu Gillon na obra.

A morte trágica de John John em um acidente aéreo que também custou a vida da mulher dele, Carolyn Bassette, e uma prima dela, completa 20 anos no dia 16 desse mês. Em razão disso, outros livros a respeito da vida e do legado deixado pelo co-fundador da extinta revista “George” também serão lançados nos próximos dias. Mas o mais elogiado pela crítica especializada até agora é mesmo o de Gillon, que foi colaborador da publicação e conheceu Kennedy Jr. nos anos em que atuou como professor assistente na Brown University, onde o eterno galã se formou em Estudos Americanos.

E também é o que mais traz revelações sobre o biografado, como uma feita por sua mãe. Ela contou sobre um aparente arrependimento por tê-lo batizado com o mesmo nome do pai, um dos políticos mais icônicos de toda a história dos EUA. “Isso acabou se tornando um fardo”, Jackie teria admitido para amigos, segundo Gillon. Famoso durante toda a vida, e principalmente a partir do momento em que foi fotografado batendo continência para o caixão de Kennedy, assassinado em 1963, com apenas três aninhos de idade, John John, que morreu com 38 anos, sabia da importância que ocupava no imaginário dos americanos.

“Trata-se de uma pessoa que fez o possível e o impossível não somente para não decepcionar aqueles em sua volta, mas também todo um país”, Gillon argumenta sobre Kennedy Jr. em “America’s Reluctant Prince” (“O Príncipe Relutante da América”, em tradução livre). O livro termina com uma reconstituição dos últimos meses de vida de Bassette e Kennedy Jr., que passavam por uma crise conjugal, e que coincidiram com a pior fase da “George”, que na época já estava em declínio. “Ninguém jamais vai ter uma vida como a dele”, conclui o autor. (Por Anderson Antunes)

O ex-casal presidencial Kennedy, com Jackie segurando o filho, e Kennedy Jr. com Bassette: no detalhe, a capa do livro de Gillon || Créditos: Reprodução

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