Com traços marcantes, Sanches, sobrenome e nome artístico de Rafael, é uma das apostas da nova geração de artistas urbanos que está pipocando no Brasil. Nos últimos anos, o questionamento e interpretação das palavras pelo ex-estudante de arquitetura de 25 anos, resultou em obras que compõem os mais diferentes cenários e labels, como Google, Music Motion, Nike, Coca-Cola e Northface. Além de um mural pintado na main street de Wynwood, em Miami, as obras do artista já fazem parte do décor de casas de celebs como Anitta, Neymar e até do DJ americano Steve Aoki. “Falei pra minha mãe que ia correr atrás desse sonho e ela disse que não tinha volta. E fiz dar certo”, contou ele ao Glamurama e falou ainda de seus museus favoritos, tendências do mundo das artes e suas principais referências…
Novos Projetos
2018 será um ano de colher os frutos de seu trabalho. Além de uma exposição própria com obras que estão sendo criadas no momento, Sanches lança nos próximos meses uma parceria com o DJ Vintage Culture. “Foi um processo de curadoria artística com ele para o próximo disco. Intervenções em fotos, cenografia do clipe gravado na Praia de São Miguel dos Milagres, em Maceió… É um projeto bem legal que vai mostrar todas as vertentes em que a arte consegue se infiltrar.”
Principais referências
“Meu trabalho sempre foi muito empírico, vou criando e analisando dentro dos processos o que curto mais e sempre tentando achar algo que ainda não foi feito. Alguma técnica nova, algum material que não usei… Mas se fosse para nomear alguns, começaria pelo Basquiat. Tenho uma conexão bem grande com ele, que saiu das ruas e foi para grandes galerias e sempre esteve rodeado de pessoas da música. Coisa que acontece comigo. Estar no meio musical é importante pois vou observando, analisando como surgem as ideias e como produzem os materiais. Dos artistas mais novos, o Felipe Pantone faz um trabalho de ultra dinamismo que me fascina. Criou um estilo que nunca ninguém fez.”
Tendências para a arte em 2018
“É muito difícil falar, mas acho que é muito sobre o que cada um realmente quer e gosta de fazer. Ninguém está seguindo apenas uma linha. A tendência é ter identidade. Apostar no seu e a consequência disso é o reconhecimento do público.”
Como começar uma coleção de arte?
“O caminho é frequentar galerias. Reparar nos muros da cidade, ver os nomes de quem está ali e a partir disso identificar suas preferências. O que te toca e escolher pelo sentimento. Não interessa se custa R$30 mil ou R$500, se é de um artista reconhecido ou de alguém que está começando. As obras são como filhos e para adquiri-las tem que ser com o coração. Não existe uma regra. Aliás, tem uma tela que fiz há três anos em parceira com um amigo tatuador e é meu xodó. Não me desfaço de jeito nenhum.”
Museus que valem muito a visita
“Começando por Inhotim, em Minas Gerais, sempre que vou é incrível. A experiência de estar lá dentro marca muito só pelo fato de ser o que é e ainda mais pela quantidade de obras boas de artistas nacionais. O MOMA, em Nova York, também é um clássico da arte moderna e vale muito a pena. Outra opção que gosto bastante é o Guggenheim, também em Nova York. O acervo deles é muito poderoso e a própria arquitetura já vale a visita.”
https://www.instagram.com/p/BVGSv0wA5Mg/?taken-by=orafasanches
- Neste artigo:
- coca cola,
- google+,
- Guggenheim,
- MoMa,
- Music Motion,
- Nike,
- Northface,
- Nova York,
- rafael sanches,
- sanches,