Aline Muniz tinha tudo para ser atriz igual à mãe, Angelina Muniz, que já atuou em mais de 30 tramas na TV e 11 filmes. Mas, apesar da veia artística, a cantora, que se define como uma carioca com sotaque paulista, decidiu seguir o caminho da música. “Fiz aulas de teatro no Celia Helena, mas sempre acabava ficando mais no lado musical das peças. Virei cantora no teatro, aí percebi que tinha algo a mais me puxando pra música”, diz ela. Foi essa experiência com a dramaturgia que ensinou Aline a sentir e interpretar suas canções, influência de sua mãe, que segue na carreira até hoje. “Nossa relação é de constante aprendizado. Admiro a forma como ela consegue se entregar aos papeis, ser tão profissional e não esquecer a vida real. O lado empreendedor dela é muito forte. Ela é muito pé no chão. Sinto que muitos artistas tem dificuldade em manter os dois lados funcionando tão bem ao mesmo tempo”.
Além do Brasil
Aline Muniz começou a compor bem cedo e lançou o seu primeiro álbum, chamado ‘Da Pá Virada’, em 2008. “Encaro a composição como um exercício, um desabafo. Adoro palavras. Talvez venha daí a minha paixão pela leitura. ‘Dá Pá Virada’ é um álbum que parece que foi feito ontem. Uma delícia ouvi-lo agora e perceber as descobertas, a empolgação. Um sonho sendo realizado”, revela. Hoje, aos 35 anos, Aline tem outros três álbuns lançados: ‘Onde Tudo Faz Sentido’ (2011), ‘Outra’ (2015) e ‘Brazilian Pop Music’ (2016), que mistura bossa nova, eletrônico e MPB. “Apesar dessa nomenclatura mudar a cada segundo, costumo definir o meu som como MPB pop. A música brasileira é muito rica e permite esse mix com outras influências”. Mas Aline resolveu voar mais alto.
Em 2017, a cantora se mudou para Nova York e está em fase de grandes conquistas. Desde que chegou por lá, já se apresentou no Joe’s Pub, na Soho House, na Live Nation, no Top of the Standard Hotel, na semana de moda de Nova York e no Surf Lodge em Montauk. Ela também abriu para a Demi Lovato no Gala da Fundação ARD e foi escolhida para ser a mestre de cerimônias na 48ª e 49ª Gala Anual de Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasil-Americana. Além disso, participou de um show da Vanesa da Mata. “Decidi morar em Nova York para sentir o que é estar na capital mundial do entretenimento, me inspirar, viver em culturas diferentes, abrir oportunidades na minha carreira internacional e estudar canto, dança, performance, produção de vídeo e artes visuais. Os motivos são infinitos”, explica. Seus próximos shows? No dia 8 ela se apresenta no Annual Benefit Dinner do HMI, em East Hamptons, e dia 3 de agosto no New York Botanical Gardens, durante exposição de Burle Marx.
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Orgulho das raízes
Mesmo investindo exclusivamente na carreira internacional neste momento, Aline faz questão de lembrar a todos de onde veio. “A cada dia que passa tenho mais orgulho de dizer que sou brasileira. Receber a admiração pela música em cada show que faço é realmente muito lindo”. Entre os novos projetos da cantora está um canal no Youtube que mostra os melhores lugares para se ouvir música ao vivo em Nova York, o “Music York City”. Parcerias? “Adoraria tocar com John Mayer, Sting, Seu Jorge, Rita Lee, Esperanza Spalding, Mark Ronson…”. Sobre voltar para o Brasil, Aline diz: “Faço temporadas nos dois países e tenho adorado a experiência. Por enquanto minha base vai continuar sendo Nova York mas, pelo menos duas vezes por ano faço shows no Brasil”.
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