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Caminhões de mudança estão saindo da Big Apple cheios, mas voltam vazios || Créditos: Reprodução
Caminhões de mudança estão saindo da Big Apple cheios, mas voltam vazios || Créditos: Reprodução

Além dos pedidos de divórcio em massa, outra tendência causada pela pandemia de Covid-19 entre os moradores de Nova York tem a ver com o adiantamento dos planos de muitos deles de trocar a cidade por outras bem menores em seu entorno ou até em outros estados onde a vida é mais leve. De acordo com uma reportagem exibida pela rede de televisão americana CBS nessa semana, o número de pessoas que residiam lá e decidiram se mudar para outros lugares mais tranquilos dispararam nos últimos dois meses, quando o novo coronavírus mudou a realidade do mundo.

As mudanças para Westchester, também no estado de Nova York, aumentaram 33%, ao passo que para Long Island o aumento registrado foi de 60%. Novo destino favorito dos ex-News Yorkers, Connecticut recebeu inúmeros deles, e as mudanças para o estado sulista que é sinônimo de família tradicional americana tiveram um aumento de impressionantes 80% de março pra maio. Em todos os casos, os dados são baseados nos serviços contratados por empresas de mudança de NY, que em contrapartida praticamente não estão fazendo o caminho inverso: ou seja, quase ninguém veio de fora para se estabelecer na metrópole americana no mesmo período.

Outra tendência notada nesses novos tempos tem a ver com uma particularidade nas casas bem distantes de Manhattan procuradas por esse povo que está “fugindo” da Big Apple rumo à calmaria do subúrbio e do interior: ter “home office”, o que antes era visto apenas como algo “legal”, agora é “essencial”, e as propriedades residenciais com os melhores espaços para se trabalhar em casa estão se valorizando mais do que a média. Para grandes empresas americanas, aliás, essa realidade já pode ser considerada como “o novo normal”. (Por Anderson Antunes)

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