Qualquer show de Gilberto Gil já nasce clássico, mas a noite dessa segunda-feira no Theatro Municipal do Rio viu nascer uma das apresentações mais emocionantes – e emocionadas – do tropicalista. É que, ao lado de sua banda, composta pelo filho Bem Gil, Nicolas Krassik, Gustavo di Dalva e Jaques Morelenbaum, que dividiu a regência da apresentação com Carlos Prazeres e sua Orquestra Petrobras Sinfônica, Gil participou da série MPB & Jazz, com o show batizado “Concerto de Cordas e Máquinas de Ritmos”.
A noite deu início às comemorações dos 70 anos de Gil, que vão ser completados dia 26 de junho, e presente maior para o público, que lotou cada milímetro do Theatro, não poderia ter havido. Vestindo Osklen, Gil entrou no palco já com o jogo ganho e ovacionado pela plateia, sentou-se em um banco posicionado em uma plataforma no centro do palco, agradeceu a presença de todo mundo e fez sinal para que Morelenbaum começasse a reger a orquestra com “Máquina de Ritmo”.
A sequência de canções era matadora, com direito a “Eu Vim da Bahia”, “Domingo no Parque”, “Estrela”, “Quatro Coisas”, música que ele fez para sua mulher, Flora Gil, que assistiu emocionada da primeira fila ao lado da Lucinha Araújo, “Saudade da Bahia”, “Panis et Circenses”, canção de Caetano Veloso, que também estava por lá acompanhado dos filhos Zeca e Tom Veloso, a inédita “Eu Descobri”, além de “Up From Skies”, de Jimi Hendrix, “Expresso 2222” e “Andar com Fé”, só para citar algumas. “Esse entusiasmo, essa alegria e satisfação que eu tenho com a música fica muito evidente. A orquestra estava impecável, e o público, receptivo, atento. Foi um show muito bom e uma noite muito interessante”, disse Gil, ao lado do filho José Gil, que não conteve o choro ao encontrar o pai. Choro, aliás, compartilhado por muitos do que estavam por ali. Foi lindo.
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