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Advogados de Jay-Z buscam rejeição de ação judicial por acusações de estupro
Imagem: Reprodução / X @drweloveu

Os representantes legais de Jay-Z, também conhecido como Shawn Carter, estão preparando uma moção para solicitar ao tribunal a rejeição de uma ação judicial que o acusa de agressão sexual a uma jovem de 13 anos no ano 2000. Os advogados alegam que existem “inconsistências gritantes” nas declarações feitas pela parte acusadora durante uma entrevista recente veiculada pela NBC.

A ação judicial foi protocolada na semana passada e, na denúncia, a mulher não identificada alega que foi estuprada por Jay-Z e Sean Combs em uma festa privada após os MTV Video Music Awards em Nova York. Jay-Z negou as acusações categoricamente.

Na entrevista transmitida na sexta-feira pela NBC News, a acusadora reconheceu algumas discrepâncias em seu relato, mas insistiu que sua alegação de agressão sexual é verdadeira. O processo revela que, após o incidente, ela fez contato com seu pai de um posto de gasolina, solicitando que ele a buscasse. Entretanto, a NBC reportou que o pai, residente no norte do estado de Nova York, não recorda ter ido ao local buscar a filha naquela noite.

Além disso, a autora afirmou à NBC ter interagido com o músico Benji Madden, da banda Good Charlotte, na mesma festa. Contudo, Madden estava em turnê no Centro-Oeste dos Estados Unidos naquele período e não poderia ter comparecido ao evento.

O advogado de Jay-Z, Alex Spiro, enviou uma carta à juíza Analisa Torres do Tribunal Distrital dos EUA informando sobre a intenção de apresentar uma moção para anular a queixa, citando as contradições expostas na entrevista da NBC. Em sua correspondência, Spiro descreveu as alegações como “uma farsa”.

Em coletiva de imprensa realizada em Manhattan, Spiro forneceu detalhes sobre a cronologia dos eventos daquela noite e apresentou uma fotografia que supostamente mostrava Jay-Z em um estabelecimento noturno após o evento, contradizendo a alegação de que ele estaria presente na residência onde o suposto crime teria ocorrido. “A história não se sustenta”, declarou Spiro.

Por outro lado, Tony Buzbee, advogado da mulher que moveu a ação, afirmou por e-mail que sua cliente permanece “inflexível” quanto à veracidade de sua alegação. Ele reconheceu que a cliente pode ter se confundido sobre qual celebridade encontrou na festa. “Estamos falando de eventos ocorridos há 20 anos”, comentou Buzbee. Ele ainda ressaltou que não acredita que a foto apresentada por Jay-Z tenha relevância para o caso.

Buzbee acrescentou: “Os tribunais existem para resolver disputas factuais. Não vejo como apropriado discutir isso em uma reportagem”.

No início do processo judicial em outubro, Sean Combs era o principal réu e Jay-Z foi mencionado apenas como “celebridade A”. Combs enfrenta atualmente acusações federais por extorsão e tráfico sexual e nega qualquer envolvimento em abusos sexuais.

A inclusão do nome de Jay-Z na ação surgiu após Buzbee ter tentado discutir as reivindicações com os advogados do rapper antes da alteração do processo. Os advogados de Jay-Z reagiram movendo uma ação anônima contra Buzbee por tentativa de extorsão relacionada às alegações.

Recentemente, Buzbee solicitou ao tribunal no Texas um impedimento para que os advogados de Jay-Z não contatassem seus clientes e familiares sob acusação de assédio. O pedido foi negado pelo juiz.

Cada parte se defendeu afirmando que suas ações foram normais dentro do contexto legal. Na segunda-feira, Spiro se dirigiu à imprensa com o objetivo de desacreditar a versão apresentada pela acusadora e destacou em sua comunicação com o juiz uma possível violação das normas éticas por parte de Buzbee.

Buzbee respondeu defendendo sua equipe e os procedimentos adotados no tratamento da reclamação da cliente, assegurando que diversas entrevistas foram realizadas antes da formalização da ação judicial e enfatizando a correção das condutas da sua equipe: “Nossa conduta tem sido irrepreensível e continuará sendo”.

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