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Nataly Gabriely
Reprodução/Instagram

Jornalista e nômade digital, Nataly Gabriely está focada na missão de ser a primeira mulher negra brasileira a visitar 200 nações diferentes. A história de amor entre a paulista e as viagens nasceu por meio de algumas oportunidades que a fizeram repensar seu estilo de vida e embarcar na empreitada de entrar para o Guiness, o livro dos recordes, representando seu país, sua descendência e seu gênero. 

Ao GLMRM, Nataly contou que sua primeira experiência carimbando o passaporte foi através de uma bolsa para estudar na Irlanda em 2013. Muito mais que um ano de aprendizagem, a jovem aproveitou para dar uma espiadinha em algumas culturas e conhecer novos lugares. Ao retornar para o Brasil, percebeu que seu lugar era no mundo.  

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“Voltei para o Brasil e não consegui ficar parada, percebi que meu lugar é o mundo, então já tirei meu visto americano e me mudei para os Estados Unidos. Foi ali que dei início à minha vida nômade e passei a morar em cada país por quatro ou seis meses”, lembra. “Durante cinco anos, fiquei constantemente fazendo a ponte Brasil – Estados Unidos – Europa e passei a compartilhar a jornada nas minhas redes sociais. O retorno foi bem positivo. Vi que estava ajudando várias pessoas e decidi me profissionalizar”. 

Iniciou, assim, a sua pesquisa para a volta ao mundo em 2019, quando se deu conta que de quase 8 bilhões de pessoas no planeta, apenas 150 passaram pela experiência. A paulista decidiu que seria a primeira mulher brasileira e a segunda negra no mundo a realizar o feito. 

“Percebi que meu lugar é o mundo e dei início à minha vida nômade: passei a morar em cada país por quatro ou seis meses”

“Meu trabalho foi muito afetado com a pandemia, já que 90% dos trabalhos que eu pegava estavam relacionados com o turismo. Decidi andar na contramão e investi tudo que eu tinha em uma cafeteria. Eu juntava cada centavo de lá para o projeto e conciliava com algumas consultorias de viagem. Quando eu comecei a volta ao mundo, fui atrás de parcerias, mandei mil e-mails e tive o retorno positivo de apenas quatro empresas”, conta. 

Entre as inspirações de Nataly está, é claro, Glória Maria, que já teve o passaporte carimbado mais de 160 vezes e coleciona experiências inimagináveis em sua trajetória. Mas a jovem está disposta a superar a marca da apresentadora e visitar ao menos 200 países diferentes, reconhecidos pela Fifa, até agosto de 2023.  

“Minha meta é acabar tudo no dia 20 de agosto, mas pela logística acredito que em julho eu já tenha finalizado, o que é melhor ainda. Se eu conseguir finalizar um dia antes da americana, eu já consigo entrar no Guiness”, explica. 

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Desafios de viajar sozinha 

Muito mais que cenários paradisíacos e histórias, viajar só é sinônimo de coragem, principalmente quando se é mulher. Ao relatar os principais desafios da jornada, Nataly conta que não criar expectativas é necessário. Quando passou pela rota da antiga Iugoslávia, em países como Sérvia, Croácia, Eslováquia e Bósnia, a experiência contradisse as suas crenças.

“Eu achei que a questão da cor da pele ia pegar bastante nesses países justamente por todo o histórico, mas no final fui muito bem tratada. Sai de todos eles chorando. Criei uma expectativa e ela foi quebrada positivamente”. 

Nem tudo são flores, no entanto. Em sua passagem pela Hungria, ao comprar um café em um estabelecimento, a brasileira foi surpreendida por dois funcionários que pediram para que ela se retirasse do local sem maiores explicações. Após se recusar a deixar a cafeteria, ela relata que o gerente pediu a uma cliente, que falava inglês, para dizer que ela não era bem vinda ali. O episódio, que Nataly entendeu como racismo, fez ela sair do país dois dias antes do planejado, sem criar conteúdos.

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No meio do conflito

Em paralelo com às experiências que vem colecionando, Nataly busca ajudar pessoas de baixa renda com bolsas de estudo no exterior na maioria dos locais em que passa. O propósito fez a BeFly, ecossistema de turismo da América Latina, se interessar pela trajetória da paulista e apoiá-la nas viagens a cumprir ambos os objetivos.

Longe da ideia comum que se tem de uma volta ao mundo por paraísos turísticos, ao falar com GLMRM, a brasileira estava na Rússia, após deixar a Ucrânia e testemunhar de perto a rotina dos dois países em conflito. Destemida, Nataly segue viagem. Ainda tem 150 países a visitar pela frente.

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