Cenas daquele mar com 50 tons de azul e areia branquíssima, marca registrada das Maldivas, certamente já passaram pelo seu feed. Nos últimos anos, o país formado por 1.196 ilhas, das quais pouco mais de 200 são habitadas, se tornou bem popular por aqui, apesar da distância. Tema de música e nome de série da Netflix, e destino de nove em cada dez famosos, fez com que o arquipélago se tornasse objeto de desejo dos brasileiros.
GLMRM atravessou o globo para conhecer dois resorts da rede turca Joali que ficam no arquipélago asiático. Partindo de São Paulo, são cerca de 22 horas de voo. O primeiro e mais longo vai até Doha, no Catar (a viagem também pode ser feita via Dubai), e o segundo até Malé, capital maldivana. De lá, a viagem segue de hidroavião, que faz paradas em cada ilha para desembarcar turistas. O modelo predominante de turismo é esse: cada resort é um destino, já que ocupa toda área de cada pequena ilha.
A nossa primeira parada é no Joali Maldives, o mais antigo e tradicional da rede. Desde a recepção, com música local, a presença do simpático staff e carrinhos de golfe para transportar os hóspedes para seus quartos, é impossível não se imaginar em The White Lotus, a série que se passa em um resort de luxo no Havaí.
São dois modelos de hospedagem, chamadas de villas: as water villas – famosas acomodações sobre palafitas, cercadas pelo mar transparente – e as beach villas, em terra firme, com direito a uma pequena praia privativa. As diárias começam em US$ 2.035.
Concebido dentro da filosofia de “joy of living”, como o nome sugere, o resort segue o conceito de luxo não convencional. Isso se traduz nos detalhes, como as bicicletas com os nomes de cada visitante gravados numa plaquinha. Com elas, é possível percorrer toda a ilha em 15 minutos.
O hotel abriga cinco restaurantes de alta gastronomia, como o italiano Bellinis, com cardápio elaborado pelo estrelado chef Theodor Falser, e o japonês Saoke, que tem projeto arquitetônico do premiado Noriyoshi Muramatsu e é uma atração à parte, com seu interior de madeira e pedras, além de pratos tão saborosos quanto instagramáveis.
Desconexão e celular dos anos 1990
A apenas 15 minutos de distância de barco do irmão mais velho está o Joali Being, inaugurado em novembro de 2021. Definido como um retiro de bem-estar, o foco aqui é desconectar. Logo de cara, o visitante é avisado de que não há wi-fi fora das acomodações.
Mas como pedir ajuda caso o cartão de acesso ao quarto pare de funcionar ou se quiser fazer uma reserva no spa? À moda antiga: cada hóspede recebe um celular anos 1990, avô dos smartphones. É só apertar um botão e um dos atenciosos mordomos (ou “jadugar”, palavra que significa “mágico” no idioma local) se materializa em minutos.
Toda a experiência no Joali Being é baseada em quatro pilares: mente, microbioma, pele e energia, que estão tanto no menu, elaborado por nutricionistas e chefs, como nas terapias, recomendadas após uma avaliação com especialistas. Que tal uma meditação al mare? Ou quem sabe relaxar numa sala com paredes de sal rosa do Himalaia? O cardápio é extenso e inclui até aulas de culinária e sessões de crioterapia, em uma cabine com temperaturas a 87 graus negativos que virou mania entre os atletas por queimar até 320 calorias em 3 minutos.
Seja qual for seu propósito, é quase impossível não relaxar e se reconectar nessas ilhas, onde os tons parecem mais vivos e o tempo mais manso. Para quem quer apenas aproveitar praias de água morna ou se aventurar em esportes aquáticos, melhor evitar a estação de chuvas, entre maio e outubro. Independentemente da época, a temperatura é sempre agradável nas Maldivas, entre 25 e 30 graus.
*O jornalista viajou a convite do grupo Joali.