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Baobá o capítulo da agromancia
Baobá o capítulo da agromancia. Foto: Cortesia Paulo Darzé

Depois do sucesso da primeira edição, a SP–Arte Rotas Brasileiras realiza sua segunda edição de 30/08 a 3/09 na ARCA, em São Paulo. Serão 70 projetos curados especialmente para a ocasião por galerias de todo o país celebrando a diversidade e a riqueza da arte brasileira.

“Rotas Brasileiras é sobre reimaginar as fronteiras entre o erudito e o popular, o centro e a periferia, o comercial e o institucional. Ao trazer, possivelmente, mais perguntas do que respostas, a feira se propõe a expandir perspectivas, ampliar narrativas e romper estereótipos. É um evento onde queremos que as pessoas se identifiquem com as raízes nacionais e que, ao mesmo tempo, traz dinamismo e oxigenação ao mercado”, diz a diretora Fernanda Feitosa.

A lista de participantes é composta por galerias já estabelecidas, como Almeida & Dale, Fortes D’Aloia & Gabriel, Gomide&Co, Millan e Vermelho, e galerias mais jovens como Central, HOA, Jaqueline Martins, VERVE e Sé, assim como aquelas localizadas fora do eixo RJ-SP, como Cerrado (Goiânia), Lima (São Luís do Maranhão), Marco Zero (Recife), Mitre (Belo Horizonte) e Paulo Darzé (Salvador).

GLMRM, que não dispensa um burburinho artsy, já adiantou um pouco desse roteiro. Segue o fio!

Fortes D’Aloia & Gabriel

Fortes D’Aloia & Gabriel – Erika Verzutti, Vênus Melância, 2022. Foto: Cortesia da artista e Andrew Kreps Gallery, New York.

A galeria reúne uma seleção de trabalhos de Erika Verzutti, recentemente exibida no Museo Experimental el Eco, galeria de arte contemporânea na Cidade do México e apresentada no Brasil pela primeira vez. As criações se dividem em dois grupos: relevos de parede e esculturas verticais. Todas as obras foram feitas em cerâmica, material nunca usado por Verzutti, e executadas em colaboração com a Ceramica Suro, de Guadalajara.

Almeida & Dale

Heitor dos Prazeres, Sem título, 1962. Foto: Cortesia Almeida & Dale/Sergio Guerini

Aqui, uma seleção de obras de Heitor dos Prazeres. Natural do Rio, o artista é um nome incontornável na cultura brasileira do século 20. Se dedicou à carreira de cantor, compositor e pintor e exerceu um importante papel na formação das primeiras escolas de samba do Brasil. Seu interesse pelo cotidiano e costumes do país são expressos em suas pinturas, nas quais retratou o frevo, o samba, o carnaval e a vida nos subúrbios da cidade.

Caribé

Frans Krajcberg, Sem título, déc. 80. Madeira pintada com pigmentos culturais. Foto: Cortesia Caribé

O paulista José Antônio da Silva e o polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg serão as apostas da Caribé. Trabalhador rural com pouca formação escolar, Antônio foi um artista autodidata que percorreu a pintura, escrita, escultura e o repente. Krajcberg foi escultor, pintor, gravador e fotógrafo. Em suas obras explorou elementos da natureza e destacou-se ao associar arte e defesa do meio ambiente.

Marco Zero

Ariano Suassuna, Infância, 1984. Foto: Cortesia Marco Zero

A Marco Zero homenageará o Movimento Armorial. Concebido nos anos 1970, o projeto teve o dramaturgo e escritor Ariano Suassuna como seu principal idealizador. A intenção era estimular a criação de uma arte erudita a partir de elementos da cultura popular nordestina. Com curadoria de Cristiano Raimondi, serão exibidos trabalhos de artistas como Suassuna, Gilvan Samico, Bozó Bacamarte, Romero de Andrade Lima e Miguel dos Santos.

Millan

Alex Cerveny, “Farmacopéia”, 2023. Cortesia Millan. Foto: Ana Pigosso

A curadoria parte do histórico tema da paisagem para apresentar produções artísticas que lançam luz sobre a mudança climática e a preservação ambiental. Com obras de José Bento, Daiara Tukano e Henrique Oliveira, o conjunto promove o encontro entre artistas de diferentes regiões do Brasil. São artistas cujas técnicas e visões de mundo alargam os conceitos tradicionais da arte e dialogam com nomes como Tunga, Nelson Felix e Miguel Rio Branco, que marcaram a arte brasileira.

Mitre

Foto: Galeria Mitre

A galeria Mitre, de Belo Horizonte, apresenta uma seleção de trabalhos de Luana Vitra, artista selecionada para a 35ª Bienal de São Paulo. Artista plástica formada pela Escola Guignard (UEMG), dançarina e performer, cresceu em Contagem, cidade industrial que “fez seu corpo experimentar o ferro e a fuligem”.

Paulo Darzé

Paulo Darze Galeria – Almandrade, Da cor surge a pintura, 2020. Foto: Paulo Darze Galeria

A apresentação da galeria Paulo Darzé, de Salvador, estabelece um diálogo entre Ayrson Heráclito, também selecionado para a 35ª Bienal de São Paulo, e Nádia Taquary. Com participações em importantes exposições e bienais, como a de Arte (2017) e a de Arquitetura de Veneza (2023), Heráclito propõe novas leituras acerca do cotidiano baiano, enfatizando a história do corpo negro em diferentes contextos sociais. Já Taquary investiga as contribuições das tradições africanas na formação cultural do Brasil.

Projetos Especiais

Sertão Negro. Foto: Paulo Rezende

Além de galerias, a SP–Arte Rotas Brasileiras contará com projetos especiais. É o caso do Sertão Negro, espaço de residência e vivência artística fundado pelo artista goiano Dalton Paula (32ª Bienal de São Paulo e Trienal do New Museum, 2018); do projeto Novos para Nós, de Renan Quevedo, cuja curadoria será centrada em diferentes credos do país; do coletivo artístico Igreja do Reino da Arte, do Rio de Janeiro, fundado por artistas como Zé Tepedino, Edu de Barros e Maxwell Alexandre; do projeto Xiloceasa, coletivo de artistas da região do Ceagesp formado no Ateliescola Acaia; e da galeria GDA, fundada e gerida por artistas, que mostrará neste ano o acervo fotográfico mineiro “Retratistas do Morro”, de João Mendes e Afonso Pimenta.

Confira a lista completa de galerias aqui.

SP–Arte Rotas Brasileiras 2023
Quando: 30 agosto a 03 setembro
Onde: ARCA – avenida Manuel Bandeira, 360, Vila Leopoldina

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