Quentin Tarantino tem uma linha que nunca cruzará quando se trata de violência na tela. O autor e diretor de filmes como Kill Bill e Era uma vez em Hollywood, entre tantos outros, que não economiza em cenas com bastante sangue, propositalmente exageradas, explicou que nunca “mataria” um animal em um de seus filmes.
“Eu tenho um problema sobre matar animais em filmes. Essa é uma ponte que não posso cruzar”, disse Tarantino à Variety. “Nem insetos. A menos que eu esteja pagando para ver algum documentário bizarro, não quero ver isso. Parte da maneira como tudo funciona é que se trata apenas de faz de conta”.
Ele continuou: “Faço cenas super violentas porque estamos todos brincando no set. Mas, um animal, seja cachorro, lhama, mosca ou rato, ele não dá a mínima para o seu filme.” O cineasta americano ainda acrescentou: “Quase sempre, não é apenas a violência que me incomoda. Geralmente há um fator de incompetência aí”.
Tarantino aproveitou para dar mais detalhes sobre seu próximo e último filme, The Movie Critic, que será centrado em um jornalista pornô que publica resenhas de filmes. “Ainda não decidi quem será o protagonista, mas com certeza será alguém na faixa dos 35 anos. Tenho ideia de alguém que pode fazer esse papel muito bem.”, adiantou.
Quanto a encerrar sua carreira no cinema, o diretor e roteirista de 59 anos, que há muito diz que vai se aposentar quando chegar à marca de 10 filmes, disparou: “É hora de parar. Gosto da ideia de sair por cima, de dar tudo de mim por 30 anos e depois dizer: ‘OK, chega'”. The Movie Critic será o 10º e, provavelmente, sua despedida do cinema.
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