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Perez Hilton
Foto: Leon Bennett/WireImage

Se é verdade que a era das celebridades como as conhecíamos acabou, como acreditam especialistas em showbiz, não é exagero dizer que um dos responsáveis por isso é Mario Armando Lavandeira Jr., mais conhecido pelo pseudônimo Perez Hilton, e também como o criador do site PerezHilton.com.

Lançado em 2004, mesmo ano em que o Facebook foi fundado como um clube virtual exclusivo para estudantes de Harvard e acessível somente mediante convite, o portal logo se tornou um dos mais acessados do mundo em seu gênero, não apenas por publicar furos envolvendo famosos, mas, principalmente, por ridicularizá-los.

E, à medida que seu sucesso aumentava, Perez ficava ainda mais ousado: são inúmeros e também bafônicos os casos de estrelas e astros de Hollywood que o blogueiro de 44 anos tirou “à força” do armário, sempre em busca de mais audiência. Os internautas, obviamente, adoravam, como provam os índices de visitantes únicos do PerezHilton.com.

Mas, aqueles que se tornavam alvo das ironias de Perez for fim o transformaram no “homem mais odiado da mídia”. Em entrevista exclusiva ao GLMRM, o blogueiro de celebridades afirma:

“Eu me arrependo de muitas coisas que escrevi naqueles tempos, inclusive sobre a Britney Spears, a quem desejo toda a felicidade”.

Sobre ter sido um dos responsáveis pela nova forma que as celebs passaram a ser tratadas pela imprensa de fofocas, com menos glamour, Perez não acredita ter tido esse poder, mas reconhece que participou de tal transformação. “Como todos nós sabemos, a única constante na vida é a mudança”, explicou o pioneiro, em seguida emendando que quem promoveu essa grande mudança foi, na verdade, o público:

“O que aconteceu foi que eu e meus colegas [blogueiros] ajudamos a mudar a forma como as pessoas consomem informação, graças à internet, que nos deus a possibilidade de reportar tudo de maneira bem mais rápida”.

Em um aparente uso de autodefesa, Perez também contou que nos primórdios da “gossip industry” ninguém sabia direito o que estava fazendo, e viviam em um ambiente que os deixava se sentindo sem limites e sem regras para cumprir, como no velho oeste.

“A boa notícia é que eu cresci como pessoa, evolui em vários aspectos a fim de me tornar uma pessoa melhor. Hoje em dia eu percebo que muitos usuários das redes sociais, os haters, fazem e dizem coisas bem piores do que fiz no passado. O mundo está muito polarizado, e as pessoas estão com muito ódio”.

Ao contrário dos tais especialistas em showbiz que apostam em um apocalipse estelar no mundo do entretenimento, Perez duvida que isso ocorra algum dia. “Hoje existem muitas influencers das redes sociais que adquirem enorme fama, mas o negócio é que não há nada capaz de apagar o brilho que uma celebridade de verdade e tradicional emana”, defendeu.

“Olha o Timothée Chalamet, por exemplo. Um ator, mas tão em alta e tão prestigiado que atrai muito as pessoas. A Dua Lipa é outro exemplo, uma popstar que tem uma base tão grande e tão fiel de fãs”, explica o campeão de cliques.

Em relação a dois grandes acontecimentos desse ano envolvendo astros de primeira grandeza – o julgamento do qual Johnny Depp participou como acusador de sua ex-mulher, Amber Heard, e “a bofetada mais barulhenta da história”, que foi aquela dada por Will Smith no rosto de Chris Rock durante a última cerimônia do Oscar -, Perez revelou ter uma teoria que deixa claro as razões pelas quais nenhum dos dois jamais serão “cancelados”.

“No caso desses artistas de carreiras tão perfeitas que conseguiram se tornar tão grandes, eles jamais serão cancelados. No fim das contas, são esses ‘tubarões’ que sustentam o showbiz.”

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