Para Viola Davis, ‘A Mulher Rei’ fará mulheres negras verem seu próprio valor: ‘Podemos liderar uma bilheteria global’

Foto: Joe Maher/Getty Images

Pela primeira vez no Brasil, Viola Davis está no país divulgando o filme “A Mulher Rei”, que estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (22). Direto do Rio de Janeiro – e após curtir um jantar na casa dos amigos Taís Araujo e Lázaro Ramos –, a vencedora do Oscar ressaltou em coletiva de imprensa a importância do longa em contar uma história de mulheres negras que, por muitas vezes, são apagadas do cinema.

“Nós não estamos presentes em filmes de grandes cineastas, em grandes produções. Nós não somos vistas na vida; nem a nossa beleza, nem a nossa cultura. Não somos vistas como valiosas. Nós somos invisíveis. Agora, a vida dessas mulheres negras, durante duas horas e seis minutos, é finalmente vista. As pessoas ficam mais interessadas em nossas vidas”, disse Viola durante o evento realizado nesta segunda-feira (19).

Divulgação/Sony Pictures

Acompanhada de Julius Tennon, produtor e também marido da atriz desde 2003, ela prosseguiu: “O nosso poder não é mostrado. A nossa complexidade é apagada. Espero, de verdade, que ‘A Mulher Rei’ seja capaz de fazer tantas mulheres negras verem seu próprio valor. Com esse filme temos uma chance de sermos vistas de uma forma que nunca fomos. Quando eu falo ‘ser vistas’ é tanto nos cinemas quanto na vida real.”

“A Mulher Rei” narra a história de Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800, com habilidades e uma força diferentes de tudo já visto. Viola dá vida à Nanisca, uma general que treina a nova geração de recrutas e as prepara para a batalha contra um inimigo determinado a destruir o modo de vida delas.

Divulgação/Sony Pictures

Vestindo blusa verde e calça azul estampada durante a coletiva, a protagonista da elogiada biografia “Dona de Mim” também disse que o longa, de certa forma, ajudará as mulheres negras a explorarem o espírito guerreiro que há dentro delas, porque tudo vem de um lugar de se sentirem dignas.

“Ver uma mulher como eu, em um pôster, com o nome rei, subvertendo à narrativa tradicional, é, para mim, algo indescritivelmente poderoso. É muito importante que as mulheres negras vejam que também podem liderar uma bilheteria global”.

Divulgação/Sony Pictures

‘Não é um filme de ação’

Em cartaz nos Estados Unidos, “A Mulher Rei” custou cerca de US$ 60 milhões e já acumulou US$ 19 milhões somente no primeiro fim de semana de estreia, um valor acima do esperado previsto pela Sony, que era de US$ 12 milhões, informa a Variety.

Embora o público possa pensar que ‘A Mulher Rei’ seja um longa de ação, daqueles que são colocados nas mesmas prateleiras de títulos da Marvel e da DC, a atriz de 57 anos ressaltou que essa não é uma produção que possa se encaixar no gênero: “Esse não é um filme de ação. É um drama histórico”, finalizou.

https://youtube.com/watch?v=u1HTd_VVICQ
Sair da versão mobile