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Viola Davis
Foto: Joe Maher/Getty Images

Atriz, produtora e vencedora do Oscar, Emmy e Tony Awards, Viola Davis assopra 57 velhinhas nesta quinta-feira (11). Quem vê a garotinha de 7 anos de Central Falls, carinhosamente chamada de Vahla pela mãe, não imagina por onde – e o quanto – ela percorreu até ser reconhecida por suas performances excepcionais.

A lista de conquistas de Viola é longa: vai da série “How to Get Away With Murder” a filmes como “Um Limite Entre Nós”, “Dúvida”, “História Cruzadas”, “A voz Suprema do Blues” e “Fences”, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2017. Isso sem contar os cinco prêmios SAG, mais quatro Critic’s Choice Movie, um Emmy, BAFTA, Globo de Ouro e E! People’s Choice Awards que exibe na prateleira de troféus de sua casa. Agora, a mais recente obra da atriz é a autobiografia “Em Busca de Mim”.

Elenco de “A voz suprema do blues”, em Pittsburgh. A última foto de Viola com Chadwick. Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

No livro em que mergulha fundo em sua história e a conta, com a naturalidade de quem superou traumas da infância, memórias turbulentas vieram à tona, como quando foi questionada por Will Smith no set de “Esquadrão Suicida”. “Quem é você?”, e deu a seguinte resposta: “Sou a garotinha que corria para casa todos os dias no terceiro ano porque uns garotos me odiavam por não ser bonita. Por ser negra”.

Entre traumas e superações, Viola descreve – de forma intensa – as lições percorridas do que achava ser o seu chamado (para se tornar atriz) até atender o que realmente era o seu destino: a aceitação radical de sua existência.

Viola se arrumando para o Emmy na mesma noite em que ganhou o prêmio. Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

Para celebrar o aniversário da premiada atriz, GLMRM listou alguns ensinamentos de sua autobiografia:

“Eu tinha forças para lutar”

Esse foi o ponto em que Viola percebeu que sua vida seria uma luta, mas que poderia enfrentá-la. Mas como? Afrontando o pai, figura de autoridade que feria a pessoa que se tornaria sua maior fonte de inspiração e escape no teatro: a mãe.

O teatro como ferramenta

O teatro funcionava como uma válvula de escape para Viola, pois foi necessário contar ao mundo a sua história, algo que a aterrorizava mais do que ratos (bastante comum em Nova York), para conseguir ser vista.

A linha tênue da atuação vs. realidade

Viola compara a arte de atuar com uma personagem de Whoopi Goldberg, a médium em “Ghost”: uma forma de viver várias pessoas em uma só. “Quando você é uma atriz, você se torna uma caçadora de almas, mas ainda assim tem que voltar para a sua própria pele, estar cara a cara consigo e com seus traumas”, escreve.

Viola em sua primeira peça na Broadway, “Seven Guitars”. Na cena ao lado de Keith David. Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal


O desafio de atuar sendo negra

Todo mês de janeiro, em convenção na Julliard School [escola de teatro em Nova York], havia uma celebração de Martin Luther King Jr. na qual Viola sempre recebia a tarefa de discursar na abertura do evento e mostrar o que pensava. Era finalmente a legitimação de uma voz calada por traumas e vergonha.

Encarando o passado

Dos momentos mais absurdos à vulnerabilidade social, a história de Viola ganhou um tom maduro a partir do momento em que ela mesma passou a dar a devida atenção ao seu passado complicado.

Viola no dia do seu primeiro baile no ensino médio. Fotos: Reprodução/Arquivo Pessoal

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