Marina Sena acertou, literalmente, “De Primeira” ao lançar seu álbum solo de estreia. Aos 25 anos, a mineira de Taiobeiras tem mostrado que veio para ficar ao ser nomeada revelação do pop brasileiro. A música “Me Toca” ficou entre as 50 canções mais viralizadas do país, por exemplo. Depois de passar pela “A Outra Banda da Lua” e chegar mais longe com o pop da banda Rosa Neon, a jovem mostra seu som cheio de poder, sensualidade e segurança. Em conversa com Glamurama, Marina abre o jogo sobre suas expectativas, relacionamentos, inseguranças (ela garante que tem), seletiva do ‘The Voice Brasil’ e Duda Beat.
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Como se sente ao ser considerada a “revelação do pop”?
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Como uma grande responsabilidade, que não tem como negar, mas beleza. Pode jogar nos peitos da mãe que ela administra (risos). Não tem problema não!
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Você é do pop?
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Independente do estilo de música que eu fizer, me considero do pop. Quero que minhas canções sejam de fácil entendimento, mas sem me fechar em um estilo musical. É tudo pop.
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Qual o momento especial da sua carreira até aqui?
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Quando passei na primeira etapa da seletiva do ‘The Voice Brasil’. Pensava que era esquisita e depois do programa descobri ser artista e entendi porque sou tão expressiva, intensa. Quando você encaixa sua personalidade na aparência, entende tudo. Foi daí que veio minha autoconfiança, a partir do entendimento de quem eu sou.
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Como foi a produção do álbum “De Primeira”, seu mais recente trabalho?
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Algumas canções eu já tinha, outras foram surgindo no processo. Eu e o Iuri Rio Branco, produtor musical, trocamos muito. A maioria das canções saiu direto do violão e foi para a gravação.
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A faixa “Voltei Pra Mim” virou um hino. Esse era o intuito?
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É um hino das mulheres que descobriram que podem ser mais do que uma relação interpessoal propõe. É para ser um hino porque foi uma música que eu olhei e pensei: ‘O quê? Falei tudo que eu sempre quis falar, aqui e agora. Imagino que muitas pessoas também sintam isso.
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Para você, o que é voltar para si mesma?
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Não ter medo de ser e sentir. Sempre estamos voltando para nós em vários momento da vida, é algo que não para. Você nunca volta para si e pronto, acabou. Logo menos terá que voltar de novo. Sinto que com esse movimento eu começo a valorizar o que creio, o que quero, o que me faz rir.
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“Por Supuesto” é a faixa mais ouvida nas plataformas. O que fez o público se identificar com ela?
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Ela é visceral, traz um “Ahh! Eu já deitei no seu sorriso”, dá vontade de gritar o refrão, eu sinto isso. A música se comunica bastante com o som que está rolando agora no mundo, o tipo de sonoridade, composição.
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O seu disco solo é repleto de sensualidade. Se considera atraente?
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Sim. Gosto da minha sensualidade, é o meu lugar de conforto na real. O meu personagem artístico é muito sensual e, ao mesmo tempo, depende do que está pedindo a arte, a música. Quando subo no palco, vou fazer um clipe, foto, o que for, é sempre com um toque atrativo.
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Seus figurinos sempre chamam atenção. Qual a sua relação com a moda?
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Eu sempre me considerei uma pessoa que não sabe se vestir. Eu sou do sertão de Minas Gerais e lá não tem essa relação com a moda. Me vestia de forma bem peculiar, algo meu e com o que eu tinha acesso. Agora, estou trabalhando com o stylist Leandro Porto, então quando vou comprar algo já penso se ele vai achar brega e não compro (risos).
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Você passou por algumas bandas. Como foi essa experiência?
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Sempre quis fazer solo e ter banda também. O que eu queria na real era cantar de qualquer modo, mas tinham coisas que foram para o projeto solo que só podiam ser deste jeito.
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Estamos vivendo um ótimo momento das mulheres na música brasileira . Há alguém em especial que você acompanha mais o trabalho?
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Costumo me inspirar em todas as pessoas que antes de mim fizeram algo que eu gostaria de fazer. Elas possibilitam que a gente vá com mais autoestima para alcançar o que desejamos. Duda Beat, por exemplo, o que ela fez no mercado da música no Brasil é algo que estava em falta, meio inexistente. Me inspira muito.
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Recentemente, você se apresentou no Festival Sarará e agora foi confirmada no Coala Festival. Como foi retornar aos palcos depois de tanto tempo?
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Pensei que fosse ser de boa, imaginei que por já ter feito tantos shows não tinha mais segredo, mas na hora que entrei no palco e vi todo mundo gritando, comecei a chorar. Fiquei muito emocionada. Vi o quanto eu precisava disso para me dar um pulso de vida de novo. Durante a pandemia, tinha dia que eu falava: ‘Meu Deus, eu entrego tudo, minha alma, eu só preciso fazer um show, um showzinho’
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Qual a música que você tem ouvido no modo “replay”?
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Eu escuto música de casamento indiano (risos), mas o que não tem saído da minha playlist é MC Dricka. Ela é uma princesa e nem deve saber que eu existo, tomara que daqui a pouco a gente troque mensagens, role um feat. Ela é o meu sonho de parceria no Brasil. Por favor, Mc Dricka me dá uma chance! Me nota (risos).
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A gente sabe que você acabou de lançar o álbum, mas já podemos esperar novidades?
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Eu quero lançar muita coisa, tenho muito repertório e nós não paramos de produzir. Já tem quase um disco pronto. Só que vamos decidir como será lançado: single ou álbum.
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