Atriz, cantora, ativista social, compositora brasileira e agora sister do ‘Big Brother Brasil 22’. Linn da Quebrada, de 31 anos, é a segunda transexual a entrar no reality show da TV Globo. E além de levar sua personalidade e causas sociais para o maior reality show do país, Linn também terá a oportunidade de mostrar a sua arte, que ela já revelou ser a possibilidade de produzir novos e outros mundos: “Não que eu minta, mas invento minhas verdades, me propus a ser a criadora. A ser cobaia das minhas próprias experiências”, revelou a artista em um evento online do MAM Rio, meses antes de entrar no BBB.
Multifacetada, a paulista chegou a comentar sobre seu gosto pela arte na mesma entrevista, que aconteceu no segundo semestre de 2021, além de dividir um pouco de sua trajetória. “Penso no que significa arte para mim e me deparo mais uma vez com um lugar em que entendo que a arte não está ligada a estar no palco, ter um microfone nas mãos, estar sobre os holofotes. Para mim, a arte está ligada em criar sua própria existência, sobre as minhas relações”, afirmou ela, que recentemente conseguiu incluir seu nome social em toda a sua documentação.
Ela então relembrou seu passado: “O meu saber parte de um local das minhas experiências diárias, que vem da rua, partem do encontro. Quando era criança disse para a minha primeira professora que queria ser escritora, entendo que através da dança e do teatro pude começar a escrever através do meu corpo. Borrando os limites do meu corpo, ganhando flexibilidade.”
Dona dos hits ‘Talento’, ‘Bixa Preta’ e ‘Mulher’, no currículo, ela ainda acumula prêmios pelo documentário que foi protagonista, ‘Bixa Travesty’, de Kiko Goifman e Claudia Priscilla. A obra ganhou o Teddy Awards de “Melhor Documentário Estrangeiro” de 2018. Ela também levou o prêmio de “Melhor Roteiro de Longa-metragem de Documentário” do Prêmio ABRA de Roteiro.
Além disso, Linn apresentou o programa ‘TransMissão’, do Canal Brasil, fez parte do elenco da série ‘Segunda Chamada’, da TV Globo, e fez uma participação na série da Amazon, ‘Manhãs de Setembro’, com a cantora Liniker. Voz importante para o movimento LGBTQIAP+, a artista foi citada no jornal inglês “The Guardian” como referência de música preta trans no Brasil. Sem contar com o disco ‘Trava Línguas’ que ela lançou em 2021.
“A arte diz respeito sobre a transmutação do meu corpo, na transmutação diária e cotidiano que me permito na minha performance na música, na criação de uma estética que não seja estática”
Linn da Quebrada
“Quando passo a cantar e a escrever, penso na possibilidade da voz como feitiço. A palavra forma e deforma os nossos corpos e as relações”
Linn da Quebrada
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