Uma nova fase na carreira musical de Jojo Todynho começa nesta sexta-feira (19). Com o lançamento de “Jojo Como Você Nunca Viu”, a cantora entra para o universo do samba e pagode em seu primeiro álbum de regravações. O projeto traz nove releituras escolhidas a dedo por ela, como “Lindo Lago do Amor”, de Gonzaguinha, e “Garota Nota 100”, de MC Marcinho, mais “Bangu”, única faixa inédita do trabalho.
“Peço por esse álbum desde quando entrei na gravadora, mas ficou em stand-by porque pegamos embalo no funk com o sucesso de ‘Que Tiro Foi Esse'”, explica Jojo em coletiva de imprensa ao revelar que sonhava com um disco de pagode desde que entrou para a Universal Music.
Para a cantora e vencedora de “A Fazenda”, lançar “Jojo Como Você Nunca Viu” é a realização de um sonho e, além disso, oportunidade de mostrar seu talento na música:
“O funk não me dava oportunidade de mostrar o meu talento. Com o pagode, cantando tudo o que eu gosto, mostro um lado Jojo que ninguém nunca viu, e vão ver agora.”
Homenagem às origens
Das dez faixas disponíveis no disco, apenas “Bangu” é inédita. A música é tributo às origens da cantora e homenageia o bairro do Rio de Janeiro onde cresceu. O clipe (que também estreia nesta sexta) mostra Jojo andando de ônibus e tomando cerveja com os amigos na mesa de um bar, assim como fazia antigamente.
“É para lembrar e nunca esquecer de onde a gente saiu. Eu vivo o estrelato, mas não virei estrela. A música mostra a realidade da vida do bairro. É um bairro carente, mas muito feliz. Eu gosto do calor da comunidade e Bangu é o meu lugar de paz. Troco qualquer lugar do mundo para estar lá tomando uma cervejinha com a minha galera”, explica.
Pagode que vem de berço
O samba e o pagode sempre fizeram parte da trilha sonora da vida de Jojo, desde a infância. E, talvez por ter essa ligação com os gêneros, é possível perceber um amadurecimento na voz da artista, assim como uma intimidade com as canções.
Em “Garota Nota 100”, de MC Marcinho, aproveita para se declarar ao pai, que já morreu, e de quem herdou o gosto pelos hits do funkeiro. No fim da canção, ela não segura as lágrimas e se emociona ao lembrar de Julio César, seu pai, que, segundo ela, “adorava música e dança”.
“Eu choro porque parece que eu estava sentindo o meu pai ao meu lado. Me emocionei de um jeito que não sei explicar. Foi uma forma de homenagear ele nessa fase tão importante que estou vivendo: voltando com tudo na música.”
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