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Isis Valverde
Reprodução/Instagram

Isis Valverde, que vai viver Ângela Diniz nos cinemas, parece estar mesmo mergulhada na história trágica da personagem. O filme vai contar a história da socialite, que foi morta em dezembro de 1976 por Raul Fernando do Amaral Street, o Doca Street, num crime que mobilizou o país e foi tema do podcast “Praia dos Ossos”.

Ângela foi morta com quatro tiros por Doca, seu então namorado, numa casa de praia que fica em Búzios. Mesmo confessando o crime na época, Doca foi inocentado num primeiro julgamento, sob o argumento da “legítima defesa da honra”, o que provocou uma grande articulação de feministas por justiça. Na manhã desta quinta-feira (15), a atriz desabafou sobre o caso da socialite e a violência contra mulher nos dias de hoje:

“Feminicídio foi qualificado como crime em 2015, mas isso não quer dizer que antes as mulheres não eram assassinadas pelo fato de serem mulheres. Um dos casos mais emblemáticos aconteceu quando esse nome ainda nem era cogitado, em dezembro de 1976, com a vítima, Ângela Diniz, morta por seu companheiro”.

Isis pontuou que mesmo após 45 anos, as mulheres continuam sofrendo violência — tanto dos companheiros, quanto na hora de denunciar. “O resultado do primeiro julgamento foi que ele [Doca Street] era inocente e tinha agido para defender a própria honra. Os argumentos não mudam muito, mesmo 45 anos depois”, continuou.

“Se somos agredidas ou mortas, sempre querem nos culpar: nós, as vítimas. A verdade é que nada disso é justificativa. Não é hoje, não era na época que Ângela Diniz foi assassinada e nunca será. É justamente nesse novo projeto que iremos trazer à tona todas essas questões”, escreveu.

A atriz diz que está mergulhada na história da socialiate, o que tem feito ela refletir mais sobre o tema e questiona: “Até quando vão querer nos vilanizar, até quando seremos nós as vítimas destas histórias?”. O longa sobre a vida e morte de Ângela Diniz, afirma, será filmado ainda este ano.

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