Uma das personagens mais queridas do remake de “Pantanal”, Maria Bruaca parecia ter virado a mesa ao enfrentar o marido Tenório (Murilo Benício) – depois de penar com os maus tratos, rejeição e traição – e até havia se interessado pelos pelos peões da fazenda. Mas nessa terça (31), a dona de casa voltou ao papel submisso de antes, depois de um desmaiar ao ser beijada por Levi (Leandro Lima).
Em conversa exclusiva com o GLMRM, a atriz Isabel Teixeira comenta sobre a trajetória da personagem dentro da trama. “Ela não vai mudar de uma hora pra outra, é um aprendizado para mudar, e isso requer um autoconhecimento. Aprender pela queda requer tempo e perdão. Ela vai passar por isso. Vai errar muito, vai se debater um pouco até se acalmar e achar um centro”, disse.
“Eu percebo uma vontade de mudança, e isso requer movimento. Tem um aprendizado que eu acho que é de todo mundo (meu pessoal, inclusive) que essa ‘virada de chave’ não é de uma hora pra outra.”
Empolgada com o sucesso da personagem, no seu segundo papel de destaque em novelas (depois da médica Jane em “Amor de Mãe”), a atriz paulistana comentou ainda qual a mensagem que espera que sua Maria Bruaca passe para o público, principalmente para mulheres que ainda vivem situações de abuso semelhantes.
“Que a gente não precisa de ninguém que venha de fora pra mudar a gente. Não é o Alcides que vai salvar ela como o príncipe tirou a Branca de Neve do sono profundo. A princesa é outra agora.”
Filha ‘feminista de apartamento’
Isabel comentou ainda sobre o comportamento de Guta (Julia Dalavia), a filha de Maria Bruaca, que vem sendo criticada nas redes sociais por seu feminismo de ocasião, por exemplo, por não ter contado à mãe sobre as traições do pai, nem a ajudar nas tarefas de casa.
“A Guta é um ritual de passagem e amadurecimento para a mulher que ela vai ser. Quando você vê de fora um relacionamento abusivo, principalmente de um homem com uma mulher, você pensa ‘como ela é idiota por não sair disso’… Às vezes é muito difícil sair, demora, é um processo lento. Eu me reconheço nessa relação que é um aprendizado de mão dupla. A Guta também está em transformação”, defende.
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