O Instituto de Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo, localizado em Brumadinho, Minas Gerais, inaugura em 16 de julho a sua 20ª galeria permanente dedicada a artista plástica japonesa Yayoi Kusama, conhecida por obras, espaços e objetos coloridos permeados por bolinhas. Duas de suas obras ocuparão a galeria I’m Here, But Nothing, criada nos anos 2000, e a Afetmath of Obliteration of Eternity, de 2009, que foram adquiridas pelo museu em 2008 e 2009, respectivamente.
A primeira exposição I’m Here, But Nothing é um ambiente que retrata uma casa onde sofá, televisão, mesa, cadeiras, tapetes e diversos objetos de decoração são cobertos por pontos coloridos em tinta fluorescente. O espaço é iluminado por uma luz ultravioleta que brilha e prospera uma perspectiva encantadora aos olhos dos espectadores. De acordo com o próprio museu, esse efeito transforma o espaço e preenche um vazio diante da percepção.
Essa galeria é um dos exemplos de criação da artista japonesa ligada ao seu conceito de auto-obliteração: para alguns, traz a sensação de segurança através do contato com os objetos reconhecidos do entorno, enquanto para outros, é baseado na ausência.
Já a exposição Aftermath of Obliteration of Eternity representa o mesmo conceito, mas em um ambiente totalmente imersivo e espelhado. O espaço é decorado por lanternas que perdem a intensidade conforme o espectador se afasta. Ali, ele é conduzido a uma espécie de céu estrelado. A ideia para essa galeria foi a espiritualidade e a conexão ancestral da cerimônia japonesa Tooro Nagashi, que celebra os finados.
Reconhecida mundialmente por performances, pinturas, eventos, esculturas, instalações, literatura, filmes e até mesmo a moda, Yayo Kusama tende a explorar os limites da experiência humana. A mais recente contribuição foi a collab com a Louis Vuitton, em que malas e bolsas foram pintadas por seus “polka dots” coloridos.