Em cartaz nos cinemas na comédia “Bem-Vinda a Quixeramobim”, Monique Alfradique é Aimeé, uma jovem influenciadora que compartilha toda sua rotina com os seguidores e, de repente, é obrigada a recomeçar do zero na cidade do título, no sertão do Ceará. Mas contrariando a premissa de que a arte imita a vida, na vida real a atriz gosta de anunciar uns períodos longe das redes sociais vez ou outra.
“É importante saber colocar limites. É muito legal ver como o público que me acompanha, respeita isso e como a troca se dá de forma respeitosa. Eles acompanham minha carreira, interagem comigo, mas respeitam quando eu dou um tempo para me conectar comigo mesma. O importante é saber dosar o seu tempo por ali”, disse ao GLMRM.
No longa de Halder Gomes com Edmilson Filho, dupla por trás de “Cine Hollywood”, Aimeé é uma influencer milionária que tem todos os bens da família bloqueados, exceto uma fazenda no interior do Ceará que herdou de seu avô. Ela parte para o sertão na tentativa de vender a propriedade, mas com vergonha da nova realidade, inventa que vai tirar um “período sabático” de um ano.
A vida “montada” é outro traço da realidade de Aimée que separa atriz e personagem. “Bem diferente de mim, ela é materialista, ambiciosa e egocêntrica”, diz Monique, que afirma que, em comum, tem o fato de não se deixar abater com situações difíceis.
Para além do tema central, a atriz afirma que o longa discute questões contemporâneas, como a falta de água e o humor como combustível para trazer essas reflexões necessárias por meio do riso. Em meio à polarização política que suscitou comentários xenofóbicos contra nordestinos nestas eleições, ela conta que gravar no sertão cearense fez aumentar sua admiração pelo Nordeste.
“Sou apaixonada pelas belezas únicas, pelas pessoas amáveis e solicitas de lá. O Nordeste é berço de muita cultura, com artistas extremamente talentosos e queridos pelo Brasil”, diz.
Na pele da influenciadora, a atriz e apresentadora também não vê problema no número cada vez maior de muitos desse fenômenos da internet na carreira artística. “Com as transformações que as redes sociais estão trazendo e uma nova forma de se consumir conteúdo e arte, acho interessante ter esses novos talentos e o público que eles acabam trazendo consigo para consumir mais TV.”
Mestre do Sabor e do texto
Apaixonada por atuação desde pequena, a atriz, que começou como uma das paquitas da Xuxa ainda adolescente, recentemente embarcou em um novo desafio de se tornar apresentadora do “Mestre do Sabor”. Monique ainda não sabe se continuará nas demais temporadas do reality culinário da Globo, mas afirma que a experiência deixou sua marca.
“Amo atuar e é com isso que eu trabalho desde muito nova, mas apresentar o ‘Mestre do Sabor’ foi muito gratificante. Me ensinou muita coisa e me mostrou um gosto novo pela culinária, como as minhas personagens no cinema e nas novelas me proporcionaram um conhecimento novo.”
Em breve, Monique quer também pôr em prática uma nova faceta. Em parceria com o roteirista Rafael Primot, está desenvolvendo uma série inspirada em seu monólogo “Quase Normal”, que estreia em novembro, no Rio de Janeiro. “Tem muitos papéis que ainda quero fazer, me arriscar na escrita é um deles e vem sendo maravilhoso.”
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