Desde que estourou na cena londrina, a Ibibio Sound Machine vem representando com maestria a disco music que fez a Nigéria ferver em meados dos anos 1970 – nomes como Orlando Julius, William Onyeabor e as Lijadu Sisters há tempos não se limitam às barreiras continentais.
Seu mais recente e progressivo álbum, “Electricity”, ganhou um reforço de responsa nessa missão com a produção dos conterrâneos do Hot Chip. O resultado é uma mistura de sintetizadores futuristas, afro-dance e retrô que soa com pegadas de Giorgio Moroder (“Wanna See Your Face Again”), Grace Jones (“17 18 19”) e LCD Soundsystem (“Something We’ll Remember”).
É o primeiro disco que o Ibibio Sound Machine fez com produtores externos desde a formação do grupo em Londres, em 2013, pela vocalista Eno Williams e o saxofonista Max Grunhard, que tiveram a ambição de combinar a herança musical ibibio de Eno, nascida e criada em Lagos, com elementos da música eletrônica moderna.
“A música é uma linguagem universal, mas a linguagem falada pode te ajudar a pensar sobre o que te emociona, o que te faz sentir certos sentimentos, o que você quer ver no mundo”, diz a frontwoman.
“Electricity” está disponível nas plataformas digitais pela Merge Records – casa de Caribou, Hollie Cook, Teenage Fanclub, entre outros.