“Isso tudo é um privilégio tão grande que estou me sentindo em estado de pura felicidade por ter conquistado tanto em tão pouco tempo. Quase não consigo acreditar!”. É assim que Gabriela Prioli, 35 anos, revela se sentir, contando os dias para a chegada deste sábado, quando estreia a primeira temporada de “À Prioli”, programa solo da advogada e influenciadora digital na CNN Brasil, às 21h45.
O programa foi gravado inteiramente fora dos estúdios e mostrará que as grandes personalidades, mesmo aquelas que julgamos conhecer, têm aspectos mais complexos do que podemos imaginar. “Já fazia algum tempo que estava conversando sobre possiblidade de ter meu próprio programa de entrevista”, revela ao GLMRM. “Desde que comecei aparecer mais, as pessoas falam como minha forma de abordar os temas as ajudam na compreensão de forma mais leve e simples. E acho que é o que a gente está precisando nesse momento, falar sobre assuntos profundos com leveza.”
Enquanto conta sobre a ansiedade para assistir ao programa de estreia, ela revela com quem vai estar no momento. “Eu sou muito família, sabe? Então quando o pessoal da emissora comentou de assistirmos juntos ao primeiro episódio eu já pedi para ver com minha mãe, minhas primas, as crianças…”, diz.
Confira o papo completo com GLMRM, em que ela também fala sobre a preparação para o programa, novo momento da carreira, política e haters, sempre muito bem posicionada.
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Como foi a construção do programa?
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Tudo tem meu toque. Justamente por isso leva esse nome, “À Prioli”. Fiz questão de escolher os entrevistados, pesquisei a vida de cada um deles para estar confortável. Pensamos em programa de entrevista para chegar perto dessas personalidades e descobrir os aspectos mais profundos de cada uma delas de maneira mais leve.
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Qual seu nível de ansiedade para a estreia?
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Nesse um ano e meio foram tantas estreias que já devia estar acostumada, mas estou mais ansiosa que nunca. Isso tudo é um privilégio tão grande que me sinto em estado de pura felicidade por ter conquistado tudo isso em pouco tempo. Quase não consigo acreditar.
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Quem são as suas inspirações na arte de entrevistar?
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Tenho várias inspirações e vou mesclando… Marília Gabriela, Jô Soares, Oprah, são clássicos, claro. Mas também adoro a leveza da Sabrina Sato, a agilidade de raciocínio do Marcelo Tas – que inclusive foi um dos meus entrevistados. Tatá Werneck é outra que me inspira muito, mas não posso fazer tanta graça assim. [risos]. Mas acho que em “À Prioli” faço um mix de todas essas minhas inspirações.
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Qual a personalidade que gostaria de entrevistar?
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Marília Grabriela pelos motivos óbvios, ela é uma grande inspiração. Mas trabalhei para ter uma interação muito verdadeira. “À Prioli” mostrará que as grandes personalidades, mesmo aquelas que julgamos conhecer, têm aspectos mais complexos do que podemos imaginar.
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Que tipo de revelações podemos esperar?
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Vamos ter revelações de trajetórias em um novo sentido, por outra perspectiva. Meus convidados, muitas vezes, fizeram reflexões sobre suas histórias e o que teriam feito diferente.
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E se você fosse uma das entrevistadas, o que descobriríamos?
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Eu acho que descobririam que sou mais frágil do que parece pela minha forma de debater.
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Você se imaginou nesse exato lugar algum dia?
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Mentiria se disse que não. Eu desejei muito isso, mas quando era criança. Depois de um tempo, quando a vida começa a se impor sobre a gente, começamos a achar que esses desejos são demais e que temos que nos conformar com menos. E eu me conformei e achei que não poderia ser tão ousada. Mas agora, ao me perceber nesse lugar, percebo que o lugar que estou ocupando e conquistando, é o que sempre quis ocupar, e isso serve de inspiração para as outras pessoas: nós podemos desejar e ir além. Quando chegamos lá, é um sentimento muito bom de satisfação.
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Quais foram as suas conquistas sendo uma pessoa muito bem posicionada, inclusive nas redes sociais?
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A liberdade e poder mostrar as possibilidades dessa existência livre. Eu ouvia muito que as pessoas que trabalhavam com a internet tinham medo de expor a própria opinião para não perder trabalhos. Mas olha eu aí trabalhando para caramba. A gente pode falar o que acredita e trabalhar por um mundo que a gente deseja. Tem espaço para essas ideias e parceiros que vão apoiar sua causa e seguir junto nesse caminho.
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Falando em posicionamento, como define a política brasileira atual?
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Acho que nossa política atual tem muito ruído. Precisamos ter menos emoção e mais razão para entender melhor a situação atual em que estamos e entendermos exatamente o que pensamos, para então escolher nossos representantes ideais. Nós temos problemas sérios, então quem prometer uma mudança em curto prazo está mentindo. Mas apesar disso, podemos experimentar mudanças graduais, celebrar pequenas vitórias e depois mudanças mais substanciais.
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Qual a melhor forma de educar a população sobre política?
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Falando sobre politica de um jeito que as pessoas entendam. Simplificando o diálogo.
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Acredita na CPI da Covid-19 ou acha que ela vai acabar em “pizza”?
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Nós precisamos calibrar as nossas expectativas. Se alguém achou que o presidente ia ser impichado ou sair algemado dessa situação, esse alguém tinha as expectativas erradas. Mas se você me perguntar se eu acho que ele vai ser punido, isso não posso responder, mas vamos supor que ele não seja criminoso. Isso é dar em pizza? Não acho. Tivemos grandes consequências na política e isso vai ter impacto nas eleições, com certeza.
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Já pensou em abandonar as redes sociais por conta dos haters?
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Jamais! Acha que eu deixo esse povo negativo me pautar? Imagina! Eu me pauto pelas pessoas que gostam do meu conteúdo e pelas críticas construtivas. Não pela amargura dessas pessoas. Acho que elas estão em sofrimento e precisamos mostrar a elas que existe um jeito melhor de ser e viver.
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O seu namorado, Thiago Mansur, costumam dar ‘pitaco’ no seu trabalho?
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Muito. Se não fosse ele na minha vida eu não teria chegado até aqui. Ele foi meu maior incentivador e influenciador.
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