Dia triste para o mundo da arte: Jane Birkin, uma das cantoras e atrizes mais icônicas, faleceu aos 76 anos em sua casa, em Paris, neste domingo (16). A causa da morte ainda não foi divulgada, mas a artista havia cancelado recentemente alguns concertos por motivos de saúde. Em 2021, ela já havia sofrido um leve acidente vascular cerebral.
O presidente francês, Emmanuel Macron, lamentou sua morte, lembrando-a como um ícone francês e uma artista completa. A ministra francesa da Cultura, Roselyne Bachelot, também expressou tristeza pela partida, descrevendo Jane Birkin como uma pessoa linda.
Parce qu’elle incarnait la liberté, qu’elle chantait les plus beaux mots de notre langue, Jane Birkin était une icône française.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) July 16, 2023
Artiste complète, sa voix était aussi douce que ses engagements étaient ardents.
Elle nous lègue des airs et des images qui ne nous quitteront pas. pic.twitter.com/Ad27ngF54R
Trajetória
Nascida na Inglaterra, em 14 de dezembro de 1946, Jane Birkin seguiu os passos de sua mãe, a renomada atriz Judy Campbell, e começou sua carreira artística no mundo da ficção. Ao longo de sua carreira, participou de diversos filmes, estampou capas das revistas de moda mais conceituadas, gravou vários álbuns e deixou sua marca no mundo da moda com o lançamento de tendências atemporais, – ela foi, inclusive, a inspiradora de uma das bolsas mais icônicas do mundo, a Birkin bag, da Hermès, que ainda hoje é a bolsa preferida das famosas, custa R$ 70 mil e tem fila de espera de mais de um ano.
7 curiosidades de sua vida
- Começou a carreira de atriz com 17 anos ainda em Inglaterra.
- A francesa Hermès criou uma bolsa, a famosa Birkin, inspirada em Jane e nas suas necessidades de estilo.
- Jane não aceitava a bolsa Birkin de pele de crocodilo
- O clipe “Je t’aime… moi non plus”, estrelado por ela e seu marido, Serge Gainsbourg, foi censurado em vários países por ser considerado muito explícito.
- Deixou Gainsbourg no início dos anos 80 e foi viver com o diretor de cinema JaCques Doillon.
- Depois da morte de Serge e do seu pai David Birkin, deixou a sua vida pública e dedicou-se a causa humanitárias.
- Em 1998, volta para a mídia e lança o seu primeiro disco sem Gainsbourg.
O relacionamento com Serge Gainsbourg
Após de seu primeiro casamento, Birkin mudou-se para Paris, onde se apaixonou pelo ator e cantor Serge Gainsbourg, com quem teve uma filha, a também atriz e cantora Charlotte Gainsbourg. O relacionamento do casal é lembrado até os dias de hoje por suas polêmicas. Eles se conheceram durante as filmagens de “Slogan” em 1968: ela com 22 anos e ele com 40, vindo de um breve relacionamento com Brigitte Bardot. Serge sempre foi um boêmio, um grande sedutor, e logo conquistou Jane com seu estilo irreverente. Durante os 13 anos em que estiveram juntos, eles se tornaram um símbolo do comportamento liberal e geraram grande repercussão na mídia com seus filmes, músicas e declarações.
O sucesso de Birkin e Serge veio com o hit “Je t’aime… Moi Non Plus” em 1969. A música foi considerada tão sexualmente explícita na época que foi proibida em diversos países, incluindo o Brasil, Portugal, Espanha e Reino Unido. Essa proibição, no entanto, acabou gerando ainda mais publicidade e sucesso para a canção.
Eles foram um casal emblemático, que desafiou convenções e quebrou tabus com sua arte e estilo de vida. Sua parceria deixou um legado duradouro na música e no cinema, até hoje sendo lembrados como um dos casais mais icônicos da cultura popular. O relacionamento durou até o início dos anos 80, quando Jane foi viver com o realizador JaCques Doillon.
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