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A praia de Miami Beach se transformou em um palco de reflexão durante a Art Week, com obras de grande impacto visual.
Entre os destaques, elefantes em tamanho real da instalação Real Elephant Collective chamaram atenção ao criticar o uso de marfim e conscientizar o público sobre a preservação da vida selvagem. Colocados diretamente na areia, os elefantes simbolizam a fragilidade da biodiversidade e a urgência de ações de proteção ambiental.

Outro ponto alto foi Seletega, obra monumental de quase 10 metros criada por Nicholas Galanin. Inspirada em velas e mastros de embarcações, a instalação remete à colonização europeia das Américas. Com o mar ao fundo, a peça instiga os espectadores a refletirem sobre as consequências históricas desse período, estabelecendo um diálogo direto com o ambiente ao redor.

Essas intervenções continuam uma tradição que integra arte e natureza. Esculturas submersas de Jason deCaires Taylor, por exemplo, criam recifes artificiais que aliam estética e conservação marinha. Já Andy Goldsworthy utiliza materiais naturais efêmeros, que desaparecem com o tempo, para explorar a transitoriedade da vida. Outro exemplo marcante é The Floating Piers, de Christo e Jeanne-Claude, que transformou um lago em uma experiência interativa com passarelas flutuantes, alterando a percepção dos visitantes sobre paisagens naturais.

Ao contrário do ambiente controlado de uma galeria, o cenário natural potencializa a interação do público com as obras. Caminhar ao redor, tocar nas peças ou observá-las mudando com a luz e o vento transforma a experiência de contemplar arte em algo sensorial e cria uma conexão direta entre arte e vida cotidiana.

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