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Seja por aquecimento, congelamento, reação química ou eletroestimulação, os tratamentos estéticos conseguem reduzir a gordura localizada, mas não serão responsáveis por perda expressiva de peso e precisam ser bem indicados para ‘refinar’ os resultados da dieta e exercícios.

Os cremes para gordura localizada têm realmente baixo respaldo na literatura médica para sua comprovação de eficácia. No entanto, muitas pessoas também são céticas quanto aos tratamentos dermatológicos não invasivos para redução de gordurinhas, com técnicas ou equipamentos. Afinal, eles realmente funcionam? “Os procedimentos dermatológicos para o corpo evoluíram muito nos últimos anos, com tecnologias que reduzem a gordura localizada com diferentes mecanismos de ação. Mas eles nunca podem ser vistos como um tratamento para emagrecimento, pois não são responsáveis por perda expressiva de peso. Eles são aliados para redução de gordura localizada e são ótimas indicações para refinar os resultados da dieta e dos exercícios físicos”, explica a dermatologista Dra. Ana Maria Pellegrini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e responsável técnica da clínica PELLE. Quanto aos mecanismos de ação, os tratamentos podem agir por aquecimento, congelamento, destruição química ou eletroestimulação dos adipócitos (células de gordura) da região tratada.

AQUECIMENTO – A redução de gordura localizada pode ser resultado de procedimentos que promovam efeito térmico, ou seja, calor, em temperaturas maiores que 40ºC. “As duas principais tecnologias são a radiofrequência, que pode ser microagulhada para chegar em camadas mais profundas, e o ultrassom macrofocado. O laser também já foi muito utilizado com essa proposta. A ideia é de que o aquecimento é capaz de promover lipólise (degradação de lipídios em ácidos graxos e glicerol), principalmente nas tecnologias de radiofrequência e laser. No caso do ultrassom, ele promove pontos de coagulação que ‘explodem’, pelo calor, a célula de gordura”, esclarece a Dra. Ana Maria Pellegrini. “Há um efeito secundário, com o calor, de melhora da flacidez, por estímulo de colágeno”, diz. Com isso, há uma redução do volume da região. Entre os principais efeitos colaterais estão as queimaduras, edema e eritema na região tratada.

Dra. Ana Maria Pellegrini

CONGELAMENTO – A técnica de criolipólise foi desenvolvida em Harvard e pode ser responsável por uma redução de até 25% de gordura localizada da região tratada. “Esse procedimento age pelo congelamento seletivo das células de gordura que, sensíveis às temperaturas frias, entram em processo de apoptose (morte programada). Assim, são eliminadas posteriormente pelo sistema linfático”, diz a Dra. Ana Maria Pellegrini. Tratamentos como criofrequência também foram lançados, mas não atingiram o mesmo grau de eficácia, segundo a médica. As reações adversas incluem queimaduras por frio e hiperplasia adiposa paradoxal, que consiste no enrijecimento da gordura da região tratada.

REAÇÃO QUÍMICA – Conhecida popularmente como lipoenzimática, essa técnica não é uma lipoaspiração, mas consiste na aplicação injetável de substâncias redutoras de gordura na área desejada. “Ela tem resultados modestos e consiste na injeção de fármacos para diminuir a gordura localizada. Fosfatidilcolina e ácido desoxicólico são as principais substâncias injetadas, mas faltam evidências científicas fortes que comprovem a segurança e eficácia da técnica. O que sabemos é que há risco de formação de nódulos de fibrose, deformidades na região aplicada (grandes depressões, retrações de pele) e lesão de nervos se mal aplicada”, diz a especialista.

ELETROESTIMULAÇÃO – Os tratamentos com essa tecnologia são conhecidos por aprimorar os músculos, promovendo hipertrofia na região tratada, com mais de 20 mil contrações. No entanto, eles também contam com programação para redução de gordura. “Em configurações de treino HIIT, o famoso treino intenso intervalado, ele visa um intenso gasto calórico, com aumento do consumo energético local, com foco na redução de medidas”, explica a médica.

Por fim, a Dra. Ana Maria Pellegrini ressalta que todos os tratamentos devem ser feitos com indicação e acompanhamento médico.

 

 

Fonte:Dra. Ana Maria Pellegrini: Dermatologista especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), com especialização também em Medicina Estética e Medicina do Trabalho. Membro da SBD e de diversas outras sociedades médicas nacionais e internacionais, foi presidente da distrital norte-fluminense da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Formada pela Faculdade de Medicina de Campos (RJ), a Dra. Ana Maria Pellegrini é responsável técnica da clínica PELLE e comanda o podcast Questão de Pelle. Embaixadora da Galderma Aesthetics, a médica foi pioneira em procedimentos injetáveis no Brasil. Ex-coordenadora das campanhas de câncer de pele na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), hoje faz MBA em Marketing, Empreendedorismo e Gestão, além de ser participação constante em congressos nacionais e internacionais. CRM 5253066-0/RQE 18927 | Instagram: @dra.anapellegrini.dermato

Este texto foi produzido pela Holding Comunicações, assessoria de imprensa especializada em saúde, beleza e bem-estar com 30 anos de experiência no setor.

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