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Além dos problemas respiratórios, o tempo seco pode favorecer a desidratação, afetando o equilíbrio de eletrólitos, e contribuir para elevar a concentração de glicose no sangue. Sintomas comuns em pessoas com disfunções na tireoide, como fadiga e intolerância ao calor, podem piorar.

Foto: Freepik

A péssima qualidade do ar respirado no Brasil nos últimos dias, com uma maior abrangência do tempo seco em quase todo o território nacional, levanta preocupações que vão além dos problemas respiratórios. “Pacientes com doenças hormonais, como diabetes e disfunções da tireoide, também são gravemente afetados. O clima seco pode agravar sintomas e complicar o controle dessas doenças, demandando cuidados específicos para quem convive com essas condições”, explica a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).

A médica explica que o sistema endócrino regula processos essenciais como o metabolismo, os níveis de energia, o controle de líquidos no corpo e a resposta ao estresse. “Mudanças no clima, especialmente a baixa umidade, podem interferir no funcionamento das glândulas endócrinas, como a tireoide, o pâncreas e as adrenais. Durante o tempo seco, a desidratação é uma das principais preocupações. A falta de umidade, sem a ingestão adequada de líquidos, deixa o corpo desidratado e afeta o equilíbrio de eletrólitos, o que interfere diretamente na regulação hormonal. Para pessoas com doenças endócrinas, essa mudança pode ser particularmente perigosa”, explica a endocrinologista.

O risco maior, segundo a médica, é para pacientes com diabetes. Nesse caso, a endocrinologista explica que o controle da glicemia se torna mais difícil em ambientes secos, onde a desidratação pode elevar a concentração de glicose no sangue. “Pacientes diabéticos, principalmente aqueles que utilizam insulina, devem estar atentos ao aumento do risco de cetoacidose diabética, uma condição potencialmente grave causada pelo acúmulo de cetonas no sangue”, diz.

No caso de disfunções da tireoide, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, os pacientes também devem redobrar os cuidados. “O hipotireoidismo pode causar sensação de cansaço excessivo e intolerância ao frio, enquanto o hipertireoidismo pode piorar a intolerância ao calor, intensificando sintomas como fadiga e agitação”, explica.

Para prevenir complicações endócrinas em meio à baixa qualidade do ar, a médica sugere a prevenção e o manejo adequado das doenças. “O primeiro ponto de destaque é a hidratação constante. A ingestão regular de líquidos é fundamental para evitar a desidratação e o agravamento dos sintomas. A recomendação é aumentar o consumo de água, especialmente durante os dias mais secos”, explica. “O monitoramento frequente também pode ajudar. Pacientes com diabetes devem monitorar seus níveis de glicose com maior frequência e ajustar as doses de insulina ou medicações conforme orientação médica, já que a desidratação pode causar variações inesperadas na glicemia”, diz a endocrinologista. A Dra. Deborah Beranger também sugere evitar a exposição prolongada ao calor. “O tempo seco geralmente vem acompanhado de temperaturas elevadas, e a exposição prolongada pode aumentar o risco de desidratação. Manter-se em ambientes frescos e bem ventilados é essencial”, diz a médica.

Dra. Deborah Beranger

Outro ponto de destaque para prevenção é o acompanhamento médico regular. “Pessoas com doenças endócrinas devem manter consultas frequentes com seus médicos para ajustes de medicação e recomendações personalizadas, principalmente em períodos de clima seco”, completa.

Por fim, a médica enfatiza que alguns sinais devem servir como alertas. “Sintomas como fadiga extrema, boca seca, sede constante, confusão mental e dificuldade de controlar os níveis de glicose no sangue são sinais de alerta que devem ser acompanhados de perto. Redobre os cuidados e, persistindo os sintomas, é fundamental procurar atendimento médico imediato”, finaliza.

FONTE: Dra. Deborah Beranger: Endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ) e pós-graduação em Terapia Intensiva na Faculdade Redentor/AMIB. Com cursos de extensão em Obesidade, Transtornos Alimentares e Transgêneros pela Harvard Medical School, a médica tem MBAs de Saúde e Qualidade de Vida, de Marketing e Branding Médico e de Mindset, todos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), e curso de Obesidade e de imersão em Medicina Culinária pela Universidade de Campinas (UNICAMP). Fez Fellowship pela European Association for the Study of Obesity, em Portugal; é speaker dos laboratórios Servier, Novo Nordisk, Novartis, Merck, AstraZeneca, Lilly e Boehringer. Instagram: @deborahberanger.

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