Enfrentar a ansiedade e o medo é um desafio que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Em um cenário onde as pressões do cotidiano se somam às exigências pessoais, é preciso buscar maneiras de lidar com essas forças para viver em equilíbrio.
Neste contexto, a terapia tem um papel importante. O processo terapêutico vai muito além de tratar sintomas. Ele propõe uma jornada de autoconhecimento, permitindo que as pessoas reconheçam e enfrentem suas dificuldades de maneira mais consciente. A terapia oferece um espaço seguro para o desenvolvimento de habilidades essenciais, como a flexibilidade psíquica, que auxilia no manejo dos desafios da vida de forma mais saudável e assertiva.
A resiliência, que pode ser entendida como a capacidade de se recuperar de adversidades, é uma qualidade que todos possuem, mas que nem sempre é fácil de acessar.
Aqui o terapeuta entra como um facilitador que ajuda o paciente a reconhecer suas próprias forças internas, aprendendo a utilizá-las para enfrentar situações de ansiedade e medo que surgem ao longo da vida.
Para falar mais sobre o tema, trouxe aqui a terapeuta Maria Klien, especializada em medo e ansiedade, que ressalta a importância de enxergarmos a vida por outras óticas e termos a possibilidade de ressignificar traumas. “Traumas passados muitas vezes permanecem influenciando as decisões e comportamentos atuais, gerando ansiedade e medo. O processo terapêutico oferece um espaço para que esses traumas sejam revisitados e reavaliados, permitindo que o indivíduo retome o controle de sua vida de maneira mais plena”, comenta Maria.
A construção de uma vida mais equilibrada também passa pelo fortalecimento da relação com nossos próprios pensamentos e emoções. A terapia nos ensina a não reagir automaticamente a tudo o que sentimos, mas a criar uma relação mais saudável com essas experiências internas. Aprender a lidar com as próprias emoções é uma das grandes conquistas do processo terapêutico.
De acordo com a psicóloga, a terapia pode ser transformadora quando oferece espaço para o indivíduo questionar suas próprias narrativas internas.
“Muitas vezes, carregamos crenças e medos que não nos pertencem, mas que influenciam diretamente nossas escolhas. A terapia nos ajuda a desconstruir essas vozes e a redescobrir nosso verdadeiro self”, comenta Klien.
Ao final, o que se percebe é que o caminho terapêutico não é apenas um tratamento para sintomas de ansiedade e medo, mas um convite para uma transformação pessoal profunda. É uma jornada que oferece ferramentas para viver de maneira mais consciente e conectada com os próprios valores, construindo resiliência para enfrentar os desafios cotidianos de forma mais equilibrada.
- Neste artigo:
- Amelia Whitaker,
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