Por favor, tire meu olhar de cansado! Especialistas explicam os sinais da fadiga na pele, que costumam envelhecer a aparência, e mostram como é possível rejuvenescer
Não é incomum encontrar alguém com sintomas de fadiga. Com o estilo de vida moderno, com muito estresse e pouco lazer, é cada vez mais comum encontrar pessoas que se identificam com a sigla TATT, ou Tired All The Time (cansado o tempo todo). Isso pode ter relação com os níveis altos de cortisol no organismo, mas esses efeitos também aparecem na pele – e de forma duradoura. “Os pacientes procuram o consultório com queixas como ar cansado e triste, mas não pedem rejuvenescimento”, conta a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “É muito comum os pacientes entrarem na consulta não mais reclamando de rugas, mas sim sobre o aspecto cansado, reflexo do aumento do estresse, estilo de vida, sono alterado, e a crescente demanda por alimentos nem sempre saudáveis. Desta forma o impulso da demanda por cosméticos nutritivos e antifadiga tem sido uma constante. Houve um crescimento a partir de 2020, quando a pandemia se instalava, com o estresse e mudanças de comportamento sendo a base para a queixa de pacientes que pediam tratamentos mais voltados para a aparência cansada, também devido às horas excedentes trabalhadas em home office”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Entre as queixas mais frequentes nos consultórios estão as olheiras. “As olheiras que são mais violáceas ou mesmo as mistas com tons acastanhados e arroxeados podem surgir por noites mal dormidas, por excesso de bebida alcoólica, tabagismo, na TPM (tensão pré-menstrual), por abuso da exposição solar, medicamentos fotossensibilizantes, por processos inflamatórios como rinite e sinusite crônica, em pessoas com processos alérgicos na área dos olhos, pacientes com alterações dos hormônios da tireoide e para quem tem maior tendência à formação de bolsas que provocam edema, ou seja, inchaço palpebral, com congestão dos capilares e vasos na região que se apresentam dilatados. Em razão deste quadro, ocorre um processo inflamatório local que produz derrame de pigmento de melanina e hemossiderina que se deposita na pele e a escurece de forma heterogênea e que se torna progressivo e crônico trazendo um ar de cansaço”, explica a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica que, enquanto as rugas deixam a aparência mais triste, as olheiras dão um ar de cansaço. “Como a pele ao redor dos olhos é uma das mais finas e sensíveis do corpo, está entre as primeiras a revelar sinais de esgotamento”, destaca. “Além disso, uma grande preocupação é a queda das pálpebras”, explica o Dr. Abdo.
Apesar de ser um sinal clássico, a olheira não é a única alteração que denuncia o cansaço! De acordo com a dermatologista Dra. Mônica, há mais sinais clínicos, que podem surgir inclusive por conta do envelhecimento natural. “As pálpebras inferiores, por exemplo, quando começam a se tornar flácidas, trazem uma aparência de cansaço que, logicamente, envelhece o olhar. Não é raro essa flacidez deixar transparecer as bolsas palpebrais, que ainda podem inchar dependendo da capacidade de drenagem linfática e dos hábitos de vida do paciente. Por exemplo, pessoas que ingerem comidas muito salgadas ou tomam bebidas alcóolicas em demasia têm essa característica bem exacerbada, o que faz com que sejam julgadas com uma idade mais avançada do que elas têm”, diz a médica. “Por características genéticas, algumas pessoas jovens também apresentam bolsas proeminentes embaixo dos olhos mesmo sem ter flacidez”, explica a Dra. Mônica Aribi.
A desidratação, opacidade e vermelhidão também estão relacionadas com a aparência de uma pele cansada. Segundo a Dra. Claudia Marçal, a própria sensibilidade da pele pode estar relacionada ao cansaço. “Muitos tipos de células da pele, incluindo células imunológicas e células endoteliais (células que alinham os vasos sanguíneos), podem ser reguladas por neuropeptídeos e neurotransmissores, que são substâncias químicas liberadas pelas terminações nervosas da pele. O estresse pode liberar um nível maior dessas substâncias e, quando isso ocorre, pode afetar o modo com o qual nosso corpo responde a muitas funções importantes, como sensação e controle do fluxo sanguíneo. Além disso, a liberação desses produtos químicos pode levar à inflamação da pele”, explica a médica. O problema é que a vermelhidão de uma pele sensível pode ser causada justamente por uma rotina de skincare mal orientada. “As rotinas de skincare, cada vez mais complicadas e complexas, também podem ser o x da questão para descobrir a causa da sensibilidade. Muitas mulheres reclamam de ter um armário cheio de cremes que usaram uma vez. Ou então elas têm usado o mesmo creme por uma década, apesar da aparência e das necessidades de mudança de sua pele”, diz a Dra. Claudia. “O que é importante lembrar é que o cuidado com a pele não é uma ciência exata, porque a individualidade de cada um prevalece. O que funciona para o seu amigo ou aquele blogueiro, modelo, atriz que você segue no Instagram, quase não tem influência sobre o que vai funcionar para você. A orientação dermatológica é fundamental”, enfatiza a médica.
Nesse contexto, surgiram cosméticos e procedimentos com efeitos ‘antifadiga’. “Inúmeras empresas vêm introduzindo cosméticos antifadiga com ingredientes inovadores”, explica a Dra. Mônica. Segundo a farmacêutica Maria Eugênia Ayres, gerente técnica da Biotec Dermocosméticos, a proposta de ativos antifadiga faz sentido com ingredientes que aumentem a produção energética – e pode ser necessário unir nutracêutica (via oral) com cosmecêutica (produto tópico). “Ativos antifadiga como Arct-Alg (tópico) e Bio-Arct (oral) combatem o déficit energético celular e são responsáveis por aumentar a produção de energia (ATP celular) pelas mitocôndrias. Bio-Arct age de forma sistêmica no organismo e é indicado até mesmo para casos de fadiga crônica e mitocondriopatias. Essa ação se dá pelo dipeptídeo citrulil-arginina, a forma mais biodisponível da arginina, que aumenta a produção de óxido nítrico, um ergogênico (isto é, um maximizador de performance) importante. Ambos os ativos são fontes da biomassa marinha originária de uma alga vermelha encontrada no mar ártico. Nos mares gelados e, especialmente no inverno, a alga concentra esse dipeptídeo citrulil-arginina para assegurar reservas energéticas para a estação da primavera”, explica a farmacêutica. Para agir nos sinais da fadiga na pele, a farmacêutica recomenda o ativo tópico Adalvine 5X, capaz de acalmar a pele, reduzir a inflamação local, melhorar a microcirculação e proteger os microcapilares. “Também pode ser necessário o ácido hialurônico de baixo peso molecular, como Hyaxel, que reduz o impacto dos efeitos do cortisol na pele. Quando elevado, o cortisol prejudica a proliferação e a diferenciação celular e o crescimento dos queratinócitos, levando à atrofia da epiderme e ao enfraquecimento da barreira cutânea. Então, o Hyaxel, além de diminuir essa ação do cortisol, intensifica o processo de renovação da camada mais superficial e fortalece sua função de barreira, aumentando a proteção contra agressores externos”, completa a farmacêutica.
Quando a aparência cansada é consequência da opacidade e falta de brilho da pele, o que pode ocorrer devido ao excesso de impurezas e células mortas na superfície da pele que o sabonete não consegue remover sozinho, é interessante fazer uso de um esfoliante. Mas é importante escolher um produto adequado que atue de maneira suave, como o Esfoliante Facial Tribeca, da B.URB, que conta com Microesferas de Arroz e Damasco para eliminar células mortas sem agredir a pele, melhorando a textura, mantendo a hidratação e reduzindo a oleosidade. Porém, tome cuidado com a frequência do uso do produto. “O uso excessivo do esfoliante pode causar irritação, vermelhidão e sensibilidade, gerar um efeito rebote na oleosidade e até piorar manchas. Por isso, não é recomendado utilizá-lo diariamente. A frequência ideal pode variar de acordo com o tipo de pele e a sensibilidade individual, mas, no geral, é recomendado fazer a esfoliação uma vez por semana ou a cada duas semanas”, ressalta médica Dra. Lilian Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
No campo dos tratamentos, o dermatologista Dr. Abdo recomenda procedimentos com laser de picossegundos. “O Quadri Pico é uma máquina dinâmica dedicada ao tratamento de manchas, melasma, rejuvenescimento e um pulso especial para o tratamento da rosácea, que causa vermelhidão na pele. Ela tem mais potência e uma maior gama de comprimentos de onda, o que permite tratar manchas, olheiras, vasos, rosácea, além de rejuvenescimento”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A Dra. Claudia Marçal lembra que é importante que o estilo de vida do paciente mude, com a introdução de hábitos saudávels. “Podemos realizar na região facial, para rejuvenescer a pele local e reestruturar o colágeno, o microagulhamento de ouro com radiofrequência ou lasers com excelente resposta na eliminação de linhas, melhora do tônus e clareamento homogêneo local. Estes tratamentos em conjunto trazem muito bons resultados e podem ser repetidos sempre que necessário”, explica.
Para a região das pálpebras principalmente, a Dra. Beatriz Lassance enfatiza que uma blefaroplastia de qualidade pode realizar muito mais do que simplesmente remover o excesso de pele. “A cirurgia pode ajudar a levantar e revitalizar o olhar, diminuir o aspecto de cansado da região, melhorar a aparência de inchaço sob os olhos e, em alguns casos, até mesmo melhorar a visão anteriormente prejudicada”, diz a médica. A cirurgiã plástica explica que o procedimento mudou muito nos últimos anos. “Com o tempo, percebeu-se que a simples retirada de pele e gordura era responsável por olhos encovados e arredondados. Então, hoje em dia, temos uma conduta mais conservadora na qual, em vez de retirar, reposicionamos tecidos como pele, bolsas de gordura, músculos e ligamentos”, afirma a especialista, que acrescenta que a blefaroplastia pode ser realizada tanto nas pálpebras superiores quanto nas inferiores. “Podemos ainda utilizar enxerto de gordura e preenchedores injetáveis para solucionar os sulcos abaixo dos olhos que também podem agravar o aspecto de cansaço”, finaliza a Dra. Beatriz Lassance.
FONTES: *DR. ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Dr. Abdo Salomão Jr. ministra aulas nos principais congressos nacionais da especialidade. Além disso, já deu aulas na Austrália, Itália e Coréia do Sul. É uma referência em conhecimento de lasers e tecnologias para fins dermatológicos e estéticos. Diretor da Clínica Dermatológica Abdo Salomão Junior. Instagram: @drabdosalomao
*DRA. CLAUDIA MARÇAL: Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP, speaker de laboratórios globais de dermocosméticos e de fabricantes de equipamentos. CRM: 78980 / RQE: 31829. Instagram: @draclaudiamarcal
DRA. MÔNICA ARIBI: Dermatologista, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e International Fellow da Academia Americana de Dermatologia. A médica é Mestra em Ciências da Saúde pelo IAMSPE e Membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology. Precursora em Tecnologias Dermatológicas, também é palestrante nacional e internacional em vários congressos da área de Dermatologia e especialidades afins. CRM: 53.387 | RQE: 35.101. Instagram: @clinicamonicaaribi
DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Instagram: @drabeatrizlassance
MARIA EUGENIA AYRES: Graduada em Farmácia Industrial pela Faculdade Oswaldo Cruz com Pós-Graduação em Farmacologia Clínica. Atua no Setor Magistral desde 2000 onde atualmente é Gerente Técnica da Biotec. CRF 33.424.
DRA LILIAN BRASILEIRO: Médica, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. É coordenadora e palestrante em eventos como Congresso Brasileiro de Dermatologia, Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica e Medical Technology Congress, sobre tratamentos capilares e laser, além de autora de um capítulo do livro Cirurgia Dermatológica Cosmiátrica e Corretiva, publicado no Brasil, sobre rejuvenescimento, dermatologia clínica, laser e tecnologias. CRM 156908 | Instagram @lilianbrasileiro.dermato
Esse texto foi produzido pela Holding Comunicações, assessoria de imprensa especializada em saúde, beleza e bem-estar com 30 anos de experiência no setor.
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