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Além de influenciarem na rotina diária de cuidados com a pele, características específicas da pele negra também devem ser levadas em consideração na hora de buscar por certos procedimentos estéticos.

Foto Freepik

Destacamos alguns pontos importantes:

  • Pele negra tem maior quantidade de melanina e, logo, mancha com mais facilidade. Também é mais oleosa por conter glândulas sebáceas maiores.
  • Mas a melanina também oferece uma proteção natural à pele, o que retarda o fotoenvelhecimento, mas não elimina a necessidade do uso de protetor solar.
  • Na hora de buscar rejuvenescimento e depilação, pessoas de pele negra também devem tomar cuidado com os lasers, apostando em equipamentos e cuidados específicos para evitar complicações como a hiperpigmentação.

No universo da beleza, as peles de fototipos mais altos, como a pele negra, foram, por muito tempo, negligenciadas, sendo difícil encontrar certos tons de maquiagem e informações adequadas sobre cuidados com esse tom de pele. Mas pouco a pouco, esse cenário tem mudado, o que já não é sem tempo, afinal, no Brasil, mais de 50% da população se declara como preta ou parda, segundo dados do Censo de 2022 do IBGE. E essa mudança é mais do que necessária, pois as peles de fototipos mais altos precisam sim de cuidados específicos, já que têm características distintas das peles de fototipos mais baixos.

“A grande diferença entre a pele negra e a pele branca é a quantidade de melanina, pigmento que dá cor à pele, que é maior na pele negra. Por esse motivo, tem maior risco de hiperpigmentação, ou seja, pode manchar mais facilmente após traumas ou espinhas, por exemplo”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Além disso, a pele negra também apresenta glândulas sebáceas maiores e, consequentemente, produz mais sebo. Por isso, tende a ser mais oleosa e mais propensa a espinhas que a pele branca”, diz a médica.

DRA PAOLA POMERANTZEFF

Mas nem tudo são desvantagens, pois a pele negra tem um fator natural de proteção solar mais alto do que os outros tons de pele. “A melanina é um protetor natural da pele, tanto contra o sol quanto contra a poluição, que são fatores que agem como agravantes do processo de envelhecimento cutâneo. Então, por ter essa proteção natural maior, a pele negra envelhece mais tardiamente”, explica a dermatologista Dra. Mônica Aribi, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Isso não quer dizer, porém, que pessoas de pele negra podem abandonar o uso de protetor solar e outras medidas de fotoproteção. “De forma alguma essa maior proteção natural proporcionada pela melanina autoriza as pessoas com pele negra a se exporem ao sol inadvertidamente e sem uso de fotoprotetor. O que podemos dizer é que esses indivíduos podem usar um fator de proteção menor que as pessoas de pele mais clara, além de conseguirem ficar expostos ao sol por mais tempo”, acrescenta a especialista.

Dra Mônica Aribi

Além do protetor solar, a rotina de cuidados com a pele negra deve, segundo a Dra. Paola Pomerantzeff, ser composta por produtos em veículos mais leves e menos oleosos, como sérum, gel e creme, justamente por ser uma pele com maior tendência à oleosidade. Fora isso, a rotina skincare pode ser a mesma dos outros tons de pele, com sabonete específico para o tipo de pele, uso de vitamina C pela manhã antes do protetor solar e um cosmético antienvelhecimento à noite, que pode ser intercalado com um ácido”, diz a médica, que faz uma ressalva quanto ao uso dos ácidos: “Se o ácido irritar a pele negra, pode ocorrer processo inflamatório com hiperpigmentação. Portanto, o ideal é usar ácidos mais suaves e suspender o uso ao notar qualquer sinal de irritação”, alerta.

Além dos cuidados específicos com o skincare, pessoas de pele negra também devem redobrar a atenção na hora de buscar certos tipos de procedimentos estéticos, como o uso de laser para rejuvenescimento.

“Pessoas com fototipos de pele mais alto possuem maior predisposição a sofrer com hiperpigmentação pós-inflamatória devido à agressão causada pelos lasers, o que resulta no surgimento de manchas”, explica a dermatologista Dra. Valéria Campos, professora convidada do Departamento de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí e Pós-Graduada em Laser e Dermatologia pela Harvard Medical School.

Mas existem estratégias para contornar o problema, como a suplementação de Fosfolipídeos do Caviar (F.C. Oral) antes e depois da sessão com laser. “Em um estudo recente, pacientes com fototipos altos que suplementaram 200mg de F.C. Oral 15 dias antes e 45 dias após a sessão com laser não apresentaram nenhuma ocorrência da complicação. Em contrapartida, a incidência de hiperpigmentação pós-inflamatória foi de 30% no grupo de controle, destaca a médica, uma das autoras do trabalho. A dermatologista explica que o F.C. Oral atua como um modulador inflamatório, aumentando o status antioxidante do organismo e reduzindo a inflamação, o que ajuda a prevenir a ocorrência de hiperpigmentações pós-inflamatórias. “E, ao diminuir o risco de complicações, a suplementação de F.C. Oral permite o uso de parâmetros mais agressivos em peles de fototipos mais altos sem afetar a segurança. Isso se traduz em melhores resultados após o procedimento”, acrescenta.

Dra Claudia Marçal

A realização de peelings em fototipos mais altos também exige uma atenção redobrada, segundo a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD). “Os peelings médios e profundos muitas vezes são contraindicados em peles mais escuras para evitar complicações como manchas e hipercromias pós-inflamatórias. Já os peelings mais superficiais podem ser realizados nesses pacientes, pois atuam apenas na epiderme e promovem uma descamação mais superficial com menor tempo de recuperação, então apresentam menor risco de complicações”, recomenda a médica. “Além disso, podemos recorrer às fórmulas domiciliares à base de vitamina A e seus derivados, alfa ou beta-hidroxiácidos, ácido azelaico, sempre combinadas com o uso de fotoprotetor com índices de FPS acima de 30”, pontua a Dra. Cláudia Marçal.

O cuidado também deve ser redobrado na hora de buscar por depilação a laser, já que, dependendo do equipamento, também há maior risco de hiperpigmentação pós-inflamatória. Felizmente, hoje existem equipamentos específicos que possibilitam a depilação a laser com segurança em peles negras, como o Exímio Epilator. “O Exímio Epilator é um laser de diodo de 810nm, o padrão ouro na depilação a laser, que emite uma energia que atinge apenas a raiz do pelo, sem afetar diretamente a melanina da pele, o que reduz a possibilidade de manchas decorrentes da aplicação do laser. Isso é especialmente importante para pacientes de pele negra, uma vez que fototipos mais altos têm maior chance de sofrer com hiperpigmentação pós-inflamatória. Se você for comparar com o laser de alexandrita, outra tecnologia muito utilizada, o laser alexandrita vai bem até o fototipo 4, já 5 e 6 não”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que, por fim, destaca que esse equipamento ainda possui outras vantagens graças a uma série de requintes tecnológicos. “Esses requintes fazem com que o diodo, que sempre foi o tratamento de maior qualidade para depilação, seja melhor tolerado. Ele sempre foi capaz de depilar em poucas sessões, só que era muito dolorido, o que afastava alguns pacientes que viam resultado, mas sentiam muita dor. Hoje, é possível manter a mesma performance do laser de diodo que se tinha antes com uma dor muito menor”, finaliza.

Dr. Abdo Salomão Jr

 

FONTE:
DR. ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Dr. Abdo Salomão Jr. ministra aulas nos principais congressos nacionais da especialidade. Além disso, já deu aulas na Austrália, Itália e Coréia do Sul. É uma referência em conhecimento de lasers e tecnologias para fins dermatológicos e estéticos. Diretor da Clínica Dermatológica Abdo Salomão Junior. Instagram: @drabdosalomao
DRA. MÔNICA ARIBI: Dermatologista, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e International Fellow da Academia Americana de Dermatologia. A médica é Mestra em Ciências da Saúde pelo IAMSPE e Membro Internacional da European Academy of Dermatology and Venerology. Precursora em Tecnologias Dermatológicas, também é palestrante nacional e internacional em vários congressos da área de Dermatologia e especialidades afins. CRM: 53.387 | RQE: 35.101. Instagram: @clinicamonicaaribi
DRA. PAOLA POMERANTZEFF: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), tem mais de 10 anos de atuação em Dermatologia Clínica. Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina Santo Amaro, a médica é especialista em Dermatologia pela Associação Médica Brasileira e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, e participa periodicamente de Congressos, Jornadas e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @drapaoladermatologista
BIOTEC DERMOCOSMÉTICOS: Biotec Dermocosméticos disponibiliza às farmácias magistrais, à área dermatológica e de medicina estética os mais modernos e inovadores conceitos de beleza e matérias-primas. A empresa busca associar às tendências mundiais à realidade do consumidor brasileiro, cada vez mais exigente e sedento por novidades que ofereçam qualidade de vida e bem-estar. Instagram: @biotecdermocosmeticos
DRA. CLAUDIA MARÇAL: Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP, speaker de laboratórios globais de dermocosméticos e de fabricantes de equipamentos. CRM: 78980 / RQE: 31829. Instagram: @draclaudiamarcal

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