Acusado de assédio sexual e outros crimes sexuais por várias mulheres, no começo de 2019, o top chef americano Mario Batali foi absolvido, na última terça-feia (10), de ao menos uma das acusações que foram feitas contra ele, a única que acabou em processo.
Nesse caso, a acusadora era Natali Tene, hoje com 32 anos, que afirmou em um depoimento que deu à justiça no começo da ação ajuizada há três anos ter tido seus seios, nádegas e virilha apalpados por Batali. Segundo Tene, os dois tiravam selfies em um momento de folga no Eataly de Boston, nos Estados Unidos, onde trabalhava, e um dos empreendimentos da indústria alimentícia que o chef tinha na época.
O juiz responsável pelo caso, James Stanton, informou em uma audiência que aconteceu na segunda, em um tribunal de Nova York, que as evidências do suposto crime denunciado por Tene não eram provas suficientes para incriminar Batali e ainda apontou “problemas significativos de credibilidade”.
Ainda de acordo com Stanton, as próprias fotos tiradas por Tene e Batali indicavam que o chef celebridade, apesar de possivelmente não ter “se coberto de honra” no momento dos cliques, criavam dúvidas sobre um eventual ataque. “As imagens valem mais do que mil palavras”, disse o magistrado.
Batali, que tinha programas nos canais americanos Food Network e ABC, foi dispensado por ambos quando foi alvo das primeiras denúncias de assédio feitas em 2019. No ano seguinte, o chef se viu forçado a vender sua fatia na Batali & Bastianich Hospitality Group, holding que controlava os restaurantes que mantinha com sócios nos EUA, na Europa, na Ásia e na América Latina, como o Eataly de São Paulo.
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