Daniela Mercury prepara um Carnaval “grandioso” para 2018. Além de comemorar seu 25º ano à frente da folia baiana com o sucesso de “O Canto da Cidade”, é dela uma das músicas que prometem virar hit da temporada, “Banzeiro”. Esta também será a primeira vez que ela vai se apresentar fora de Salvador e sair com a Pipoca da Rainha na quinta-feira, inaugurando a ferveção. Para completar as novidades, Daniela faz um esquenta carnavalesco com ninguém menos que Claudia Leitte e lamenta a falta de Ivete. Tudo isso e muito mais em conversa exclusiva com Glamurama. Vem!
Glamurama: O que podemos esperar de seu Carnaval 2018?
Daniela Mercury: “Um ano especial marcado pelo sucesso de “Banzeiro” e também pela comemoração de meu 25º Carnaval. Será um Carnaval muito colorido e forte. Todo mundo anda muito abatido, foram anos difíceis politicamente falando, de transformação na nossa democracia, e a festa é uma manifestação popular grandiosa, muito brasileira. Os africanos dizem que quando a gente não consegue resolver as coisas no cotidiano, só as festas resolvem. É um pensamento superficial? Não, é uma forma de quebrar paredes sociais, de amenizar os ânimos e se unir. Hoje [sexta-feira] se confirmaram as pipocas e é a primeira vez em 20 anos de Pipoca da Rainha que saio na quinta-feira, dia de abertura do Carnaval. Este também será o primeiro ano que saio de Salvador. Faço um show no sábado em Barreiras (BA) e volto. O Carnaval cresceu muito não só no Brasil mas em outras cidades da Bahia. Me achei no direito de fazer uma participação especial com o trio lá.”
Você esperava que “Banzeiro” fizesse o sucesso que fez?
Daniela Mercury: “‘Banzeiro’ não era uma musica previsível de tocar nas rádios e tá começando a entrar no Brasil todo. Não é uma musica pop e provável, digo que é um som abstrato, uma marchinha com frevo eletrônico que retoma a essência do Carnaval de forma urbanizada, trazendo ela para o universo do pop. Tudo meu é mais complexo (risos), então tem que ser aos poucos. E ‘Banzeiro’ está entrando pelas beiradas. Tenho dito que essa música faz uma pororoca de gente diferente, de classes sociais, cores e sexualidade que vão pra rua se misturar. Ganhou a simpatia de todos os colegas e do público, até a criançada tá adorando. Uma obra de Dona Onete.”
Glamurama: Você pretende lançar alguma música surpresa?
Daniela Mercury: “Neste Carnaval quero eleger um samba como minha contribuição política. Não se tocava samba nas rádios e o ritmo sempre foi uma representação da maioria da população brasileira, música de preto e pobre que ficou chique com o passar dos anos. Fiz um samba chamado ‘Samba Presidente’. Ainda não está nas rádios mas deve aparecer em breve. É difícil trabalhar muitas musicas num verão tão curto. Acho confuso.”
Glamurama: Como será seu figurino?
Daniela Mecury: “Vou usar seis figurinos ao longo do Carnaval, todos criados por Eduardo Suppes da marca mineira Divina Pele. Pedi roupas alegres e coloridas. As peças vão ser sexy e levar muito brilho.”
Glamurama: Você vai se unir a algum artista neste Carnaval?
Daniela Mercury: “Para os dias de Carnaval ainda não tem nada confirmado, mas farei meu primeiro show com Claudia Leitte no dia 28 de janeiro, no Alto do Andú, em Salvador.”
Glamurama: Como surgiu essa ideia?
Daniela Mercury: “Na verdade a gente já cogitou várias vezes cantar juntas e nunca deu certo. Chegamos a pensar até em fazer uma turnê no passado. No fim de 2017 fizemos shows em datas seguidas em Fortaleza e foi um sucesso gigante, foi aí que ela propôs: ‘Vamos fazer uma festa juntas?’ e chegamos à conclusão que era um momento maravilhoso.
Glamurama: O que podemos esperar do show?
Daniela Mercury: “O show vai se chamar ‘Cidade Elétrica’, que é o nome da música que gravei com ela recentemente. Cada uma de nós está preparando um espetáculo diferente, relacionado à história do trio elétrico. Gostamos muito de dançar, temos cuidados parecidos com os espetáculos. Acho a Claudia uma artista jovem muito dedicada, que se aperfeiçoa sempre e tem muito bom gosto na direção de arte, figurino e etc. Estamos nos falando todos os dias.”(Assista abaixo vídeo da música “Cidade Elétrica”).
Glamurama: Sua participação no programa “Lady Night”, da Tatá Werneck, foi super divertida. Como foi a repercussão?
Daniela Mercury: “Foi genial. Eu ri mais que todo mundo, acho. Nós nos parecemos, somos rápidas de pensamento, e ela com aquele humor genial me trouxe uma experiência interessantíssima. Até ficamos amigas de tão rico que foi o programa. E participar com a Pabllo, que também é minha amiga, criou uma química muito boa. Tatá é quem dá a medida da loucura do programa dela, algo totalmente sem freio e artístico que acho maravilhoso. Vamos entrando na vibe dela e, como estou no palco desde menina, Tatá não imaginava que eu fosse tão livre pra fazer algo como a representar uma minhoca me contorcendo no chão. A loucura de uma contaminou a outra. As coisas que ela falava de Malu [Verçosa Mercury, mulher de Daniela], eu não conseguia nem apertar o botão de certo ou errado de tanto que ria.”
Glamurama: O que você acha de programas desse tipo?
Daniela Mercury: “Essa turma que está abrindo um novo universo de comunicação na televisão com um humor mais livre para falar de sexo e dizer palavrões tem muito a ver com a convivência das redes sociais, que abriu muito a vida das pessoas. Hoje em dia se fala mais claramente sobre tudo. A mudança de paradigmas de falar sobre tudo.”
Glamurama: Você acha que o Carnaval de Salvador vai perder sem a presença de Ivete?
Daniela Mercury: “Lógico que vai perder, ela é uma grande artista, representante do gênero, grandiosa do axé. O axé não seria o que é sem ela de jeito nenhum, e o Carnaval também não será o mesmo. Coincidiu o nascimento das meninas nessa época e é uma pena. O Carnaval baiano vai sofrer sem ela. Ela poderia compensar a falta fazendo um Carnaval após parir (risos) ou até cantar da casa dela!” (Risos)
Glamurama: Como estão as expectativas para ser avó novamente?
Daniela Mercury: “É a primeira filha da Giovana, bailarina que dança comigo nesses anos todos, vai se chamar Mel e nasce em abril, quando vou me deslocar pra Curitiba, onde ela mora para assumir o papel de avó e tomar conta delas.” (Por Julia Moura)
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