Higor Vaz Alexandre pode ser novo no cargo de stylist de Anitta – a dupla selou parceria faz poucos meses -, mas Carnaval é pauta antiga para ele. Higor já cuidou do figurino de Ivete Sangalo, como assistente de Patricia Zuffa, e depois vestiu Eliana por quatro anos. O figurino de Anitta, que faz sua estreia no Carnaval da Bahia nesta quinta-feira, tem quatro tipos de cristais Swarovski, strass dourado e veludo alemão. Segue o tema “mulher egípcia”, com direito a body, bota e capa com transparência de penas de pavão. Ao Glamurama, o stylist entrega os bastidores da produção da primeira fantasia de axé de Anitta e como é trabalhar com a funkeira que arrasa quarteirão.
Glamurama: Como é montar figurino para trio elétrico?
Higor Vaz Alexandre: É praticamente igual a figurino de palco: não pode faltar conforto e muito brilho, porque o look é visto de todos os ângulos e de muito longe.
Glamurama: Como foi criar o figurino egípcio?
Higor Vaz Alexandre: A única exigência da Anitta foi que a fantasia tivesse um tema. Aí quando eu sugeri mulher egípcia, ela de cara adorou. Buscamos inspiração em várias referências, como Elizabeth Taylor no filme “Cleópatra”, Madonna no Super Bowl de 2012 vestida de Fausto Puglisi e Katy Perry no clipe de “Dark Horse”. Mas não fomos fiéis às inspirações. A ideia não era deixar o figurino com cara de fantasia, mas com um olhar de moda.
Glamurama: Quanto tempo levou para fazer a fantasia?
Higor Vaz Alexandre: Entre mandar referências, aprovar e fechar todos os detalhes, levou um mês. Anitta amou o resultado!
Glamurama: Como é trabalhar com a Anitta comparada a Ivete e Eliana?
Higor Vaz Alexandre: Cada uma tem as suas preferências. Mas de todas as mulheres, prefiro cantoras porque elas são mais livres. Anitta canta funk, mas também música romântica, agitada…O fato de ser eclética dá uma liberdade. Já uma apresentadora não tem um repertório tão grande. E Anitta tem 21 anos, é praticamente uma menina. Tudo para ela é novo, ela gosta de experimentar roupa, não tem preguiça, nunca reclama de usar salto, por exemplo. Acho incrível que ela dança funk e não reclama de usar saltão. Pelo contrário, ela diz ‘tá ótimo’. Outra coisa, ela não é fechada: não fica chateada se a peça não ficou do jeito que a gente queria. Não tem problema nenhum, mudamos e fica tudo bem. Não sei se é porque ela é jovem ou se é da personalidade dela.
(Por Manuela Almeida)
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