No dia da Consciência Negra, que marca a morte de Zumbi dos Palmares nessa mesma data, em 1695, Glamurama lista 10 filmes que têm o racismo como tema. Programa bom no feriado, para refletir, questionar e agir!
“Mississipi em chamas” (1988)
Trata do racismo no sul dos Estados Unidos e a Ku Klux Klan. O filme conta a história real de uma investigação do FBI sobre o assassinato de três ativistas de direitos humanos no estado de Mississipi. Além de ser uma produção de altíssima qualidade – venceu o Oscar de melhor fotografia de 1989 – foi um dos primeiros filmes de Hollywood a tratar da questão de grupos extremistas do sul dos EUA.
“Histórias cruzadas” (2011)
Baseado no livro de mesmo nome, conta a história de Skeeter Phelan (Emma Stone), nascida em uma família rica do sul dos Estados Unidos, que, diferente de seus pais, cresce com uma mentalidade progressista. Ao se formar em jornalismo, decide enfrentar o preconceito de sua família e escrever um livro sobre duas empregadas negras que a acompanham desde que ela nasceu: Aibileen Clark (Viola Davis) e Minny Jackson (Octavia Spencer). Muitas revelações surgem a partir daí.
“Django Livre” (2012)
Quentin Tarantino é um amante dos chamados ‘western spaghetti’, mas quando resolveu fazer o seu próprio longa do gênero, quis cutucar algumas feridas americanas. “Django Livre”, estrelado por Jamie Foxx e Kerry Washington, segue o roteiro clássico dos filmes de velho oeste, só que invertendo os papéis, colocando o negro como o mocinho justiceiro.
“Advinha quem vem para Jantar” (1967)
Meses antes do filmes ser lançado, o casamento interracial ainda era proibido em alguns estados americanos. Por isso, o romance entre um homem negro, John Prentice (Sidney Poitier), e uma mulher branca, Christina Drayton (Katharine Hepbrun), foi a fundo na hipocrisia dos intelectuais americanos, uma vez que os pais de Christina pregavam a igualdade de direitos, mas se mostraram extremamente incomodados quando sua filha assumiu o relacionamento.
“Ao mestre com carinho” (1967)
Em “Ao Mestre com Carinho”, Sidney Poitier é Mark Thackeray, professor negro vindo da Guiana Britânica que assume uma vaga em uma escola de um bairro pobre de Londres, com alunos rejeitados por outras escolas por comportamento. Dentro de um ambiente hostil, Mark tenta disciplinar seus alunos.
“Querida Gente Branca” (2014)
Em uma faculdade dominada por brancos, os negros Lionel Higgins (Tyler Williams) e Sam White (Tessa Thompson) conseguem espaço na programação da rádio da escola, e criam o programa “Querida Gente Branca”, que satiriza uma série de situações vividas por eles no campus, quando pessoas brancas agem de maneira racista sem perceber.
“12 Anos de Escravidão” (2014)
Vencedor do Oscar de 2014 de melhor filme, “12 Anos de Escravidão” é baseado na autobiografia de Solomon Northup, homem negro e livre que vivia no Estado de Nova York no século 19, que acaba sendo sequestrado por vendedores de escravos que o levam para o sul escravocrata. O filme chocou plateias ao redor do mundo e acabou sendo considerado um dos mais realistas por historiadores.
“A Hora do Show” (2000)
A prática do blackface (pintar o rosto de preto) era algo muito comum no mundo do entretenimento na primeira metade do século 20. Dirigido por Spike Lee, o filme conta a história de Pierre Delacroix (Damon Wayans), único jornalista negro de uma emissora que, na tentativa desesperada de ser demitido, propõe um programa só com atores fazendo blackface. Para sua decepção e surpresa, o programa é um sucesso de público.
“A Cor Púrpura” (1986)
Em “A Cor Púrpura”, Steven Spielberg conta a história de Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem de 14 anos que é violentada pelo pai e acaba se tornando mãe de duas crianças. Os acontecimentos trágicos continuam quando a menina é separada da irmã e das filhas, e acaba sendo entregue a “Mister” (Danny Glover). No filme, Oprah Winfrey vive Sofia, mulher de personalidade forte que ajuda a heroína. A trama mostra a realidade de muitas meninas negras no início do século 20.
“A Negação do Brasil” (2000)
Documentário brasileiro que aborda a questão do negro na teledramaturgia brasileira. Atores como Milton Gonçalves, Ruth de Souza, Léa Garcia e Zezé Motta contam suas histórias de bastidores, que mostram o racismo no audiovisual brasileiro.