Novidade vinda diretamente de 1975? Sim, e atende pelo nome de Di Melo, músico brasileiro que na década de 70 lançou um dos discos mais icônicos do soul brasileiro, mas que, infelizmente, esbarrou na falta de publicidade. Ele tentou fazer turnê com o álbum após seu lançamento, mas acabou desistindo da carreira musical logo depois. Só voltou a ter reconhecimento quando algumas de suas músicas entraram na coletânea “Blues Brazil”, da renomada gravadora Blue Note.
No Brasil, Di Melo voltou aos holofotes em 2002 quando seu disco foi relançando pela Odeon. Mas foi só em 2009 que ele retomou a carreira após os diretores Alan Oliveira e Rubens Pássaro lançarem o documentário “Di Melo – O Imorrível”. Atualmente, Di Melo trabalha em seu segundo álbum, com previsão de lançamento para o começo do ano que vem.
O disco de 1975, que leva seu nome, é uma relíquia. Com arranjos sofisticados e levadas dançantes, Di Melo consegue em cada música trazer diferentes referencias ao seu som. A primeira faixa é “Kilariô”, funk que faria frente ao melhor de James Brown. Já em “Aceito Tudo” é possível perceber forte influência psicodélica com letra que mais parece uma crônica urbana. É com essa miscelânea de influencias e sons que o merecido sucesso veio com 40 anos de atraso. Nunca é tarde.