Por Michelle Licory
Deborah Secco: linda, talentosa, bem sucedida. Não se pode ter tudo? Bom, papo vai, papo vem, agora há pouco, na coletiva de imprensa da novela “Boogie Oogie”, no Projac, a atriz nos deu um motivo para o insucesso de sua vida amorosa. Abrindo a guarda depois de muito tempo sem falar de sua vida pessoal, ela foi sincera. “É uma questão de prioridade. Foco e sempre foquei no meu trabalho. Minha família dependia de mim. Se meus namorados atrapalhavam minha carreira? Não posso generalizar. São pessoas diferentes. Mas mulheres independentes são mais exigentes, sim. A gente sabe que é melhor ficar bem e sozinha do que com alguém que te faz mal. Não existe mais essa pressão de ter que ser como a sociedade quer que você seja. Depois que eu fiz filmes como ‘Boa Sorte’ [em que interpreta uma soropositiva com os dias contados], percebi que nada faz sentido… Amanhã já acabou. As coisas são muito efêmeras. Aos 34 anos, sei que o importante é ser feliz agora.”
* Com o passar dos anos, não dá medo de ficar sozinha? “Estou menos ansiosa com o meu amanhã porque ele pode não chegar. E estou mais tranquila com meu ontem. Fiz escolhas erradas, mas que foram importantes para o meu crescimento. Independentemente de tudo, quero ser mãe. Qualquer coisa, eu adoto. A gente nunca sabe. As coisas vão acontecer do jeito que tiverem que acontecer. Hoje sou mais leve. Antes desejava para as pessoas saúde, como se fosse o mais importante. Mas no laboratório para o filme conheci gente que estava morrendo e era feliz. Hoje eu desejo para os outros felicidade. Tem tanta gente que tem tudo e não é feliz… O que vamos levar daqui? Damos importância a coisas tão pequenas.”
* No entanto, Deborah não desistiu do amor. “Sou a mais romântica do mundo, aquela que sonha com príncipe encantado, com direito a trilha sonora. E ‘Boa Sorte’ é isso: um menino de 17 anos que perde a virgindade com uma mulher de 34, doente. E os dois vivem uma história de amor. Isso que importa.” Em tempo: a atriz, co-produtora do longa, o lança nesta quinta-feira, no Festival de Paulínia.
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