Foi dada a largada para o Millesime São Paulo. Pela primeira vez o evento organizado por Manuel Quintanero e Manuel Quintanero Junior desembarca no Brasil com a bagagem cheia de sabores e chefs, direto de Madri. As degustações começam cedo, e, antes do meio-dia, panelas elétricas e sifões com quitutes e espumas dos mais variados começam a borbulhar pelo terraço.
* Um dos grandes destaques do Millesime São Paulo é o balcão de Jovens Talentos, dividido por Bel Coelho, Raphael Durand e Rodrigo Oliveira, do Mocotó, que causou comoção por ali com seu queijo coalho empanado e o famoso mocotó com purê de mandioquinha. Bel também fez bonito e conquistou clientela com o sagu de vinho do Porto e espuma de brandade de bacalhau.
* Em um workshop de pouco menos de meia hora, Alex Atala falava para um público vidrado, alguns até em pé, sobre a importância de saber escolher os ingredientes de forma consciente, pensando em tudo o que está por trás daquela produção ou daquela colheita. “Ainda existe palmito ilegal? Existe, mas tem muitos produtos de qualidade e com selo de certificação no mercado”, disse ele enquanto mostrava a consistência de um palmito pupunha.
* Mas o que mais chama a atenção por lá são as famosas esferas de Paco Roncero, que transforma os alimentos com nitrogênio puro. Que tal uma azeitona líquida ou uma bolha sabor croquete com farofa de presunto? A textura é peculiar e o sabor inigualável. Atrás do balcão, em meio a tantos "chicos", a brasileira Raline Aragão, de Recife, que já trabalhou com Paco no "La Terraza del Casino", em Madri, e hoje, de volta ao Brasil, foi escolhida para ajudar na tradução. “A língua é parecida, mas as pessoas se confundem”. Por ali, vale lembrar, a maioria só fala espanhol. Ainda tem muito mais: adegas, bodegas e exportadoras de vinhos, chocolates e muitos drinks. Ja, já, a gente volta pra lá, e conta tudo!