“Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.” São conhecidos estes versos de Álvaro de Campos, a persona mais famosa do poeta português Fernando Pessoa. E pode-se dizer que a obra “Fernando Pessoa: uma Quase Autobiografia”, do brasileiro José Paulo Cavalcanti Filho, que a editora Record acaba de lançar, é uma síntese dessas palavras. Isso se considerarmos que de tantos que Fernando Pessoa foi – uma das revelações do livro é que ele tinha 127 heterônimos e não 67, como se acreditava até agora –, não foi “nada”, como o próprio escreveu.
* Na Quase Autobiografia de Pessoa, seus heterônimos são revelados com riqueza de detalhes. José Paulo Cavalcanti apresenta as origens de cada um que habitou o imaginário e a escrita do poeta português e suas produções.
* Agora, sobre o homem Fernando Pessoa, o autor chegou à conclusão de que ele “foi o escritor mais sem imaginação com quem tive contato em toda minha vida. Ele viveu tudo o que escreveu, não inventou nadinha!”
Por Anna Lee
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