Por Verrô Campos
Aos 27 anos Lia Paris já conseguiu se reinventar: foi estilista e modelo, hoje é cantora e compositora – e uma das promessas para 2014. Ela está em Trancoso com dois de seus projetos musicais: o Vive la Chanson, no qual canta de Edith Piaf a Serge Gainsbourg, ao som de uma guitarra, um baixo acústico e um piano, no Cafe de la Musique; e o esperado show no Para-Raio, neste sábado, prévia de seu primeiro disco solo, que deve ser gravado e lançado em 2014.
Antes disso, ela chegou a trabalhar no circo como trapezista e cantora, quando viajou por um ano pela Europa, cantou em uma banda de punk rock e também nos Heartbreakers de Guga Stroeter, além de criar para a marca de biquínis que leva o seu nome. “Eu preciso ser focada, porque eu faço muita coisa”, entregou ao Glamurama numa conversa quando chegou à cidade. Para se lançar como cantora de forma mais independente, ela teve que tomar coragem: “Escrevi três músicas de supetão, e descobri que havia achado a minha verdade dentro da música. Depois disso, escolhi três pessoas que admiro muito, e próximas, para dar a cara a tapa: Arnaldo Antunes, Carlos Rennó e Carlos Miranda”.
As reações não poderiam ser melhores e, de sobra, acabou ganhando de presente uma inédita de Antunes para o novo disco. “Ainda vamos escolher entre parcerias dele com Cássia Eller, Renato Russo ou Marcelo Jeneci, nenhuma delas gravada ainda”. O EP que gravou com as três músicas foi parar nas mãos de Ben Harper. “Ele gostou, a gente se fala volta e meia”.
E Lia tem ainda mais razões para estar confiante: ela acaba de voltar de uma miniturnê por Paris, Amsterdam e Berlim. “O som foi assimilado de um jeito que eu não esperava, uma loucura!”. Do velho mundo, partiu para Nova York, com um ensaio aberto no Drom, que já recebeu Tulipa Ruiz e Céu, e um show no Leftfield, na Ludlow Street, caldeirão da cena musical por lá, culminando com a gravação, no Brooklyn, do videoclipe “Wild Boy”, música que compôs com Marcelo Jeneci para certo modelo brasileiro. “Meu som é autobiográfico, eu me exponho muito”.
O clipe foi dirigido por Lee Peterkin: “Ele é novo e revolucionário, tem um conceito próprio. Foi um sonho, a equipe estava entregue àquela história, ao romance”. Na bateria da gravação está ninguém mais, ninguém menos que Fredo Ortiz, dos Beastie Boys. E o Wild Boy? ” Ele está por aí…”. Expectativas para 2014? “As coisas estão encarrilhadas, eu trabalhei muito, tudo que é verdade acontece, as pessoas percebem, a verdade é absoluta.”
Com tantas referências e contatos incríveis, o Glamurama não poderia deixar de invadir os arquivos de fotos do celular de Lia Paris. Siga a seta!
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