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A chef Adriana Mattar acaba de voltar de uma viagem com o marido, Sérgio Francisco Monteiro de Carvalho, pela Rússia e separou para o Glamurama algumas dicas das duas principais cidades do país: Moscou e São Petersburgo. “Me animei depois de ler a história de Anna Karenina. Temia encontrar aqueles russos rudes e mal encarados que eu já tinha visto pelo mundo e nos filmes. Aqueles que não pedem desculpas se esbarram na gente dentro do aeroporto e não dão passagem no alto da montanha de esqui. Sim, eles existem, mas em Moscou conheci outros, sérios, mas gentis. E aprendi que eles não são mesmo alegres. Não faz parte da cultura deles a alegria por terem passado por muitas guerras e privações. Mas os seus rostos se iluminam docemente quando dizemos ‘spasiba’, obrigada em russo.”
* “Falam lá que o comunismo não foi tão bom nem tão ruim como achamos no Ocidente. Fiquei emocionada quando vi dentro da igreja como são devotos e espiritualizados. As mulheres e também as meninas, sem exceção, cobrem suas cabeças com lenços em sinal de submissão a Deus. Cobri a minha, por respeito à cultura deles. E assim me senti mais humilde. Fui no verão, o que significa temperatura acima de 20 graus e luz do sol até as 11h da noite, sol nascendo de novo às 3h da manha. Na verdade não chega a escurecer, fica um lusco- fusco lindo. A comida me encantou. Blinis com ovas de salmão e creme azedo todos os dias no café da manhã. O caviar bom é caro e vendido por 12 dólares o grama –  uma provinha são 5 g. O tal stroganoff parece mesmo com o nosso, mas é servido sempre com purê de batata e anéis de cebola empanados. O frango não achei à Kiev, mas provei um delicioso, macio, coberto com pedacinhos crocantes de pão.”
* “A bebida é servida em temperatura ambiente. Gelo, só a pedidos. Vinho é caro. Melhor provar as ótimas vodcas diferentes, essas sim servidas bem geladas. Empiria e Beluga são as minhas preferidas. Trouxe na mala! Tome cuidado com os táxis. Tem que combinar a tarifa antes porque eles cobram quanto querem. Não há taxímetro. Mais seguro pedir no hotel. São Petersburgo é uma cidade toda florida e muito animada no verão. Os meses melhores de ir são de maio a meio de setembro. O Museu Hermitage já vale toda a viagem. Compre ingresso diferenciado para entrar mais cedo, antes da abertura. E preste atenção também na coleção de quadros impressionistas. Vá com um sapato confortável: lá é imenso e deslumbrante. Nunca vi luxo maior.”
* Anote aí, glamurette: em Moscou, comer no Café Russie, de cardápio típico, no O2 Lounge, que é mais moderno e tem uma vista linda, no Café Puskin, bem clássico, ou no Café Bosco, em frente à Praça Vermelha. Em São Petersburgo, Mix Up, de Alain Ducasse, The Mansarda – peça mesa ao ar livre -, Terrassa, Caviar Bar – melhor stragonoff de todos –  ou no restaurante do Jamie Oliver.

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